SADUCEUS
• Origem
O partido saduceu provavelmente recebeu esse nome ou por causa de Zadoque, sumo-sacerdote nomeado por Salomão (1Rs 2:35), ou por causa do termo saduceu ter o significado original de ‘’membros do concilio supremo’’, reinterpretado pelos saduceus como justos.
Constituíam o partido das famílias dos sumos sacerdotes de Jerusalém, com interesses diretos no sistema dos cultos no templo, e não raro colaboravam com os governantes romanos.
A maioria deles era de homens abastados que ocupavam cargos importantes e cooperavam de bom grado com o helenismo de sua época.
• Destaque na religião judaica
No tempo do Novo Testamento, os saduceus tinham maior influencia política, porque controlavam o sacerdócio e o ritual no templo. As sinagogas, no entanto eram baluarte dos fariseus.
Visto haver sido destruído em 70dC o centro do poder sacerdotal, o templo, juntamente com grande numero dos saduceus propriamente ditos, o partido dos saduceus se desintegrou. Os fariseus, porem, sobreviveram, tendo-se tornado no alicerce do judaísmo ortodoxo de séculos posteriores.
Diferentemente dos fariseus, eles davam importância somente aos cinco primeiros livros do antigo testamento, como únicos plenamente autoritativos, e desprezavam as leis orais dos rabinos não-sacerdotais. Negavam a autoridade da tradição e consideravam suspeita qualquer revelação posterior à lei mosaica.
Embora estritos, em certo sentido os fariseus eram de tendências progressistas; pois continuavam aplicando a lei do antigo testamento a novas e mutáveis circunstancias da vida diária. Todavia, os saduceus, confortavelmente situados na vida como estavam, queriam manter o status quo, e, assim sendo, resistiam a qualquer contemporização com a lei, a fim de que não viessem a perder suas favoráveis posições de abastança e riqueza.
Seus contatos com dominadores estrangeiros tendiam a reduzir sua devoção religiosa, empurrando-os mais na direção da helenização. Os saduceus gostavam de debater questões de teologia e de filosofia. Suas idéias sofisticadas não atraiam as massas, por isso em política tinham que se unir com os fariseus.
No tempo de Cristo, eram os anti-sobrenaturalistas. Não acreditavam na pré-ordenação divina, nem na imortalidade da alma, conforme criam os fariseus. Eles repudiavam também a doutrina da ressurreição e não acreditavam na existência de anjos ou de espíritos (At 23:3).
Opunham-se a cristo com a mesma veemência que os fariseus e foram condenados por ele com igual severidade, embora com menos freqüência (Mt 16:1-2,6).
Jeann Junior.
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