terça-feira, 23 de junho de 2009

Essenios

ESSÊNIOS

• Origem

Assim como os fariseus, os essênios também surgiram do movimento opositor da helenização da cultura judaica conhecido como hassidim.

O nome essênio procede de uma palavra hebraica que significa “pio”, “santo”. Embora outros judeus os chamassem por esse nome, é provável que os próprios essênios rejeitassem o rótulo. Não se consideravam especialmente santos ou pios; viam-se porem como depositários de misteriosas verdades que governariam a vida de Israel quando o messias chegasse.

• Destaque na religião judaica

Os essênios formavam uma seita menor, com cerca de quatro mil adeptos. Alguns deles viviam em comunidades monásticas, como a de Qumran, onde foram descobertos os papiros do mar morto.

A admissão requeria um período de prova de dois a três anos, com abandono das prioridades privativas e das riquezas, doadas a um tesouro comum. Os elementos mais estritos se refreavam do casamento.

Chegavam a ultrapassar os fariseus no legalismo. Por essa razão, é duvidoso que tenham contribuído de modo significativo para o soerguimento do cristianismo, conforme tem sido sugerido por alguns escritores modernos. Se Jesus denunciara o legalismo dos fariseus, por certo não teria devido muito aos essênios, que eram ainda mais rígidos. Alem disso, o fato que Jesus misturava-se com os pecadores fazia agudo contraste com a atitude dos essênios, que se retiravam da sociedade.

Os essênios não ofereciam sacrifícios de animais no templo de Jerusalém, pois reputavam o templo poluído por um sacerdócio corrupto. Como símbolo de sua pureza pessoal, eles usavam vestes brancas. Essa seita se considerava o remanescente vivo dos eleitos, nos últimos dias.

Eles esperavam o aparecimento de diversas personagens escatológicas – um grande profeta, um messias político militar e um messias sacerdotal.

Resumindo, o movimento essênio foi uma reação ascética ao formalismo dos fariseus, embora fossem até mais legalistas, e ao mundanismo dos saduceus. Os essênios se separavam da sociedade para viver de modo ascético e celibatário. Ocupavam-se da leitura e do estudo das escrituras e da oração e atentavam para as purificações cerimoniais. Os bens não eram individuais, mas comunitários, e os membros dessas comunidades eram conhecidos por sua dedicação e piedade. Seus princípios condenavam tanto a guerra quanto a escravidão.

Nenhum comentário: