domingo, 28 de junho de 2009

A miséria do rico e a riqueza do pobre Lázaro

Lucas 16:19-31

Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.

Primeiramente, gostaria de dizer que em hebraico o nome Lázaro significa ‘’Deus me socorreu’’.

A partir dessa definição já podemos compreender sua relação com a história. Enquanto que lazaro fora abandonado e jogado no portão do rico pelos homens, deus o acolheu. Ele fora jogado no portão de um homem rico. Talvez as pessoas que o jogaram La imaginassem que esse homem rico pudesse socorrê-lo, mas maldito é o homem que confia em outro homem... Aquele homem rico vivia de forma descontrolada em extravagâncias, pelo fato de ter muitas riquezas. Ele, entretanto perdeu a oportunidade de socorrer o necessitado.

Quantas vezes temos deixado de socorrer o necessitado? Os homens que deixaram lazaro na porta do rico esperavam a ajuda dele. Talvez ate lazaro tenha esperado, sonhado, desejado...

A bíblia nos convida em varias oportunidades a ajudar aos necessitados. Melhor é dar do que receber; Jesus dissera em outra ocasião que se ajudássemos ao que tem fome, sede, estaríamos ajudando a ele mesmo; podemos ver que a igreja primitiva vivia em tal comunhão que ninguém passava necessidade, pois todos dividiam aquilo que tinham de melhor. E o rico nada fez aquele homem que desejava apenas das migalhas que caiam de sua mesa.

Mas Deus o socorreu. O rico não o ajudou, nem os homens que deixaram lazaro a sua porta, mas Deus o socorreu!

A bíblia não nos conta nesta passagem o motivo pelo qual lazaro fora para o seio de Abraão. O único indicio que temos através dos fatos ocorridos e de seu próprio nome é que deus o ajudou.

Em contrapartida, podemos ver o porquê que o rico não seguiu o mesmo caminho, mas foi para o inferno (ou Hades). Aquele homem rico tinha todas as condições para socorrer lazaro, mas não o fez. Era egoísta demais para dar um pouco do que tinha de muito a quem não tinha nada de um pouco e necessitava de tudo! Infelizmente, seu egoísmo o condenou...

Jesus proclamava essa historia aos fariseus diretamente. Eles estavam criticando Cristo pelo fato deste comer com pecadores e com publicanos. Eles era mestres da lei, conhecedores das escrituras, entretanto tinham suas mentes e corações cauterizados. Jesus contou a parábola do filho prodigo e do administrador infiel confrontando o egoísmo e a avareza respectivamente. Por diversas vezes nesse sermão enfatizou que toda a Lei, a qual os fariseus conheciam bem, iria se cumprir, mostrando que eles estavam cegos em seu próprio erro sabendo e conhecendo Moises e os profetas.

No fim da historia de lazaro, Jesus afirma que o rico clamou ao “Pai Abraão” que ele mandasse lazaro para pregar para sua família para que eles não participassem do mesmo tormento que estava passando nas chamas do Hades.

Contudo, Abraão lhe afirmou que eles tinham Moises e os profetas, a lei, assim como aquele tivera, e que através dela eles poderiam encontrar salvação abandonando o egoísmo, a avareza, a cobiça, a luxuria, a gula, entre outras obras da carne.

No fim das contas, enquanto lazaro enfrentou peleja e sofrimento nesta vida temporária, alcançou consolo do pai na eternidade. Em contrapartida, o rico desfrutou de muitas riquezas e tivera a chance de ajudar a muitos, não só a lazaro, mas preferiu viver uma vida de avareza e egoísmo. Seu destino infelizmente, foi sofrer em meio às chamas.

Vida de miséria não salva ninguém, mas vida de misericórdia, sim. Amar ao próximo como a si mesmo foi a melhor forma que Jesus encontrou para resumir uma parte de toda a lei. A outra parte é amar a deus de acima de todas as coisas (dinheiro, bens, prazer, etc.), pois Ele nos amou acima de tudo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Nova Era e seus efeitos no Cristianismo Contemporâneo.



A nova era é uma coalizão ampla de grupos entrelaçados que trabalham unidos visando unidade mundial baseada em experiências religiosas e em crenças que tem suas raízes no misticismo oriental.

Através desta grande ilusão o mundo será varrido nos últimos dias e fará com que a humanidade adore ao anticristo.

Sabemos através das escrituras que muitos que se autodenominam cristãos sucumbirão a este engano e que uma grande apostasia acontecerá no antes da volta de Jesus cristo.

O movimento da nova era envolve coisas que estão firmemente entrincheiradas dentro da igreja, tais como psicoterapia, visualização, meditação, confissão positiva, pensamento positivo ou da possibilidade, hipnose, medicina holística, e todo um espectro de técnicas de auto melhoramento e de motivação e sucesso.

Hoje, criticar qualquer dessas metodologias supostamente cientificas significa ofender um número vasto de crentes, inclusive muitos lideres eclesiásticos que, embora sinceramente, erroneamente praticam e promovem essas técnicas.

Entretanto, é necessário estabelecer e definir padrões doutrinários consonantes com a palavra de Deus. Muitas técnicas são utilizadas e vistas como manifestação do Espírito Santo, fogo do alto. Os propagadores de tais idéias alardeiam que tudo isso se trata de um avivamento, porém se virmos sobre a perspectiva bíblica, veremos que não há justificativa para tais técnicas.

O que quero dizer é que ensinamentos da nova era tais como psicoterapia, visualização, meditação, meditação, confissão positiva, pensamento positivo, hipnose, entre outros, são vistos por muitos crentes nominais como um grande avivamento, porem tratam-se de falso fogo, de bruxaria disfarçada!

O aprofundamento bíblico dá lugar a experiências pessoais, a novas visões para definição doutrinaria em tempos de apostasia. Paulo diz no capitulo quatro em sua primeira carta a Timóteo que o “Espírito alerta que nos últimos tempos alguns apostatarão da Fe por obedecerem a espíritos enganadores e a ensino de demônios”.

No mesmo capitulo Paulo da a receita para escapar dos falsos ensinos: “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nesses deveres; porque assim salvará tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”.

Dito isso, aprendemos que através do estudo diligente da palavra de Deus juntamente com a piedade podemos combater as falsas doutrinas que se infiltram na igreja evangélica, evitando que falso fogo seja visto como avivamento, mas como o que realmente é: apostasia.

Jeann Junior.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Essenios

ESSÊNIOS

• Origem

Assim como os fariseus, os essênios também surgiram do movimento opositor da helenização da cultura judaica conhecido como hassidim.

O nome essênio procede de uma palavra hebraica que significa “pio”, “santo”. Embora outros judeus os chamassem por esse nome, é provável que os próprios essênios rejeitassem o rótulo. Não se consideravam especialmente santos ou pios; viam-se porem como depositários de misteriosas verdades que governariam a vida de Israel quando o messias chegasse.

• Destaque na religião judaica

Os essênios formavam uma seita menor, com cerca de quatro mil adeptos. Alguns deles viviam em comunidades monásticas, como a de Qumran, onde foram descobertos os papiros do mar morto.

A admissão requeria um período de prova de dois a três anos, com abandono das prioridades privativas e das riquezas, doadas a um tesouro comum. Os elementos mais estritos se refreavam do casamento.

Chegavam a ultrapassar os fariseus no legalismo. Por essa razão, é duvidoso que tenham contribuído de modo significativo para o soerguimento do cristianismo, conforme tem sido sugerido por alguns escritores modernos. Se Jesus denunciara o legalismo dos fariseus, por certo não teria devido muito aos essênios, que eram ainda mais rígidos. Alem disso, o fato que Jesus misturava-se com os pecadores fazia agudo contraste com a atitude dos essênios, que se retiravam da sociedade.

Os essênios não ofereciam sacrifícios de animais no templo de Jerusalém, pois reputavam o templo poluído por um sacerdócio corrupto. Como símbolo de sua pureza pessoal, eles usavam vestes brancas. Essa seita se considerava o remanescente vivo dos eleitos, nos últimos dias.

Eles esperavam o aparecimento de diversas personagens escatológicas – um grande profeta, um messias político militar e um messias sacerdotal.

Resumindo, o movimento essênio foi uma reação ascética ao formalismo dos fariseus, embora fossem até mais legalistas, e ao mundanismo dos saduceus. Os essênios se separavam da sociedade para viver de modo ascético e celibatário. Ocupavam-se da leitura e do estudo das escrituras e da oração e atentavam para as purificações cerimoniais. Os bens não eram individuais, mas comunitários, e os membros dessas comunidades eram conhecidos por sua dedicação e piedade. Seus princípios condenavam tanto a guerra quanto a escravidão.

Saduceus

SADUCEUS

• Origem

O partido saduceu provavelmente recebeu esse nome ou por causa de Zadoque, sumo-sacerdote nomeado por Salomão (1Rs 2:35), ou por causa do termo saduceu ter o significado original de ‘’membros do concilio supremo’’, reinterpretado pelos saduceus como justos.

Constituíam o partido das famílias dos sumos sacerdotes de Jerusalém, com interesses diretos no sistema dos cultos no templo, e não raro colaboravam com os governantes romanos.

A maioria deles era de homens abastados que ocupavam cargos importantes e cooperavam de bom grado com o helenismo de sua época.

• Destaque na religião judaica

No tempo do Novo Testamento, os saduceus tinham maior influencia política, porque controlavam o sacerdócio e o ritual no templo. As sinagogas, no entanto eram baluarte dos fariseus.

Visto haver sido destruído em 70dC o centro do poder sacerdotal, o templo, juntamente com grande numero dos saduceus propriamente ditos, o partido dos saduceus se desintegrou. Os fariseus, porem, sobreviveram, tendo-se tornado no alicerce do judaísmo ortodoxo de séculos posteriores.

Diferentemente dos fariseus, eles davam importância somente aos cinco primeiros livros do antigo testamento, como únicos plenamente autoritativos, e desprezavam as leis orais dos rabinos não-sacerdotais. Negavam a autoridade da tradição e consideravam suspeita qualquer revelação posterior à lei mosaica.

Embora estritos, em certo sentido os fariseus eram de tendências progressistas; pois continuavam aplicando a lei do antigo testamento a novas e mutáveis circunstancias da vida diária. Todavia, os saduceus, confortavelmente situados na vida como estavam, queriam manter o status quo, e, assim sendo, resistiam a qualquer contemporização com a lei, a fim de que não viessem a perder suas favoráveis posições de abastança e riqueza.

Seus contatos com dominadores estrangeiros tendiam a reduzir sua devoção religiosa, empurrando-os mais na direção da helenização. Os saduceus gostavam de debater questões de teologia e de filosofia. Suas idéias sofisticadas não atraiam as massas, por isso em política tinham que se unir com os fariseus.

No tempo de Cristo, eram os anti-sobrenaturalistas. Não acreditavam na pré-ordenação divina, nem na imortalidade da alma, conforme criam os fariseus. Eles repudiavam também a doutrina da ressurreição e não acreditavam na existência de anjos ou de espíritos (At 23:3).

Opunham-se a cristo com a mesma veemência que os fariseus e foram condenados por ele com igual severidade, embora com menos freqüência (Mt 16:1-2,6).

Jeann Junior.

Fariseus




FARISEUS

• Origem

Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus piedosos que lutaram contra os helenistas no tempo dos primeiros macabeus. É possível que o nome fariseus, separatistas, lhes tenha sido dado por seus inimigos para indicar que eles eram dissidentes. Também é possível que fosse usado com desprezo devido à rigidez de sua separação dos compatriotas judeus e dos pagãos.

Os fariseus surgiram do antigo partido dos hassidim, que faziam objeção a helenização da cultura judaica. Os fariseus eram mestres da interpretação das tradições orais dos rabis. Quase todos provinham de família de artífices e mercadores da classe media. O apostolo Paulo, por exemplo, era fabricante de tendas.

• Destaque na religião judaica

Os fariseus constituíam a seita mais influente do judaísmo no tempo de Cristo. Eles exerciam poderosa influencia sobre as massas camponesas. Quando o povo judeu enfrentava uma decisão importante, eles se apoiavam na opinião dos fariseus de preferência à do rei ou à do sumo sacerdote. Visto que o povo confiava neles, os fariseus eram escolhidos para os altos postos do governo, incluindo o sinédrio.

Os fariseus compunham também a mais numerosa das seitas religiosas dos judeus, embora o historiador Josefo tenha calculado que apenas 6.000 fariseus viviam na palestina no tempo de Jesus.

Os fariseus ensinavam que os justos viveriam de novo após a morte (At 23:8), ao passo que os maus seriam castigados eternamente. Eram poucos os demais grupos judeus que aceitavam esse ponto de vista. Pelo contrario, a maioria esposava a idéia greco-persa de que a morte separava de modo permanente a alma do corpo.

Esse conflito religioso talvez ajude também a explicar por que as multidões seguiam a Jesus. Ele era um carpinteiro pobre, não obstante ensinava a lei com autoridade (Mt 7:28-29); alem do mais, ensinava que os mortos tornariam a viver (Lc 14:14; Jo 11:25). Os ensinos de Jesus acerca da comida (Mc 7:1-9), do respeito aos mais velhos (Mc 7:10-13), e da guarda do sábado (Mt 12:24-32) concordavam com os dos fariseus. Também, com freqüência Jesus falava de anjos, de demônios e de outros espíritos, como os místicos judeus haviam descrito. Isso atraia o interesse do povo.

Embora fossem doutrinariamente ortodoxos, seu zelo pela lei mosaica os levara a uma observância estrita, porem exterior e degenerada, tanto da lei como de sua interpretação, sendo esta ultima considerada por eles igualmente investida de autoridade. Eles conheciam as escrituras (Mt 23:2), davam o dizimo (Lc 18:9), jejuavam (Mt 9:14) e oravam (Mc 12:40); no entanto, eram hipócritas (Mt 23:15), justos aos seus próprios olhos (Lc 18:9) e se revelaram os mais ferrenhos perseguidores do Senhor (Mt 9:3).

A lealdade à verdade por vezes produz orgulho e até mesmo hipocrisia, e foi justamente essa distorção dos primeiros ideais farisaicos que Jesus condenou. Jesus e os fariseus por repetidas vezes entraram em choque ante o artificialismo de tal legalismo. O judeu comum, entretanto, admirava os fariseus, como perfeitos modelos de virtude. De fato, formavam eles a coluna mestra do judaísmo.

Jeann Junior.