quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Conduzido pelo coração...




Eclesiastes 11:9 - 12:1

Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas.
10Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade.
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer;


Jovem, a juventude é uma dádiva que Deus concede a todos, mas nem todos a desfrutam em sua plenitude... Não falo isso por falta de dinheiro ou outra necessidade básica em falta, mas na maneira como é vivida e saboreada.

Quantas vezes nós nos precipitamos e fazemos as coisas quando no tempo não determinado. Não estou dizendo que não se deve “viver”. Muito pelo contrario faço a apologia da vida. Vida abundante. Faço a apologia que devemos viver o hoje, sem pensar que amanhã poderemos fazê-lo, pois pode ser que amanhã já não se poderá mais. Afinal, quem sabe o dia de amanhã, senão o Criador?

Nessa passagem vemos claramente a sabedoria do evangelho nos ensinando a alegrarmos os nossos corações nos dias da nossa mocidade. Afinal, não há momento melhor para sermos felizes e conduzir nossas vidas através do nosso coração, enquanto os nossos dias não são maus, enquanto ainda se podem fazer escolhas, pois haverá um momento em que as escolhas irão se esvaindo e nós teremos apenas que decidir se iremos fazer ou não ao invés de escolhermos como fazer.

Conheço uma senhora já de idade que tem dificuldade de se locomover, já debilitada por conta de sua musculatura frágil. Ela fica parada, com dificuldades para falar, para acenar... Ela talvez se lembre o quanto fora forte e cheia de vida. Quantas vezes pode ir à praia e olhara para o sol, sentindo a brisa da maresia sobre seu rosto. Talvez se lembrara das amigas de infância que permaneceram amigas até a juventude, de quantas vezes saiu para se divertir, de quantas historias tem para contar para seus descendentes ou quantas poderia contar se as tivesse vivido... Mas agora é tarde demais para se viverem essas historias. Hoje, já não consegue mais exibir seu corpo cheio de vida, pois já se anda curvada ao tempo. Quando todos não contam mais com você, mas pelo contrario, já lhe tem como morto, e já andam a choramingar teu nome. Hoje seus dias já não são tão bons...

A juventude como dádiva nos permite viver no equilíbrio de nossas vidas, visto não sermos mais como crianças, mas também nem como idosos, mas com jovens. Como jovens que tem uma gama de oportunidades para serem desfrutadas, saboreadas, vividas, sentidas; como maduros que tem sabedoria para desfrutar, saborear, viver e sentir essas situações que a vida nos permite.

O pregador nos exorta a vivermos enquanto podemos viver. Ter prazer na vida enquanto se pode ter. Exorta-nos a seguirmos o nosso coração enquanto ainda se pode fazê-lo. Exorta-nos a sorrir quando se pode sorrir, a contemplar o sol enquanto nos é doce.
Mas muitas vezes confundimos viver abundantemente com viver desregradamente e assim vivemos não somente pelos caminhos do coração, mas pelas veredas da ilusão. Confundimos-nos. Tornamos-nos vulneráveis quando não permitimos mais que em nossos corações haja a Luz do evangelho para nos guiar.

Quantas decepções. Quantas noites sem sono. Quanto medo de ter pegado AIDS por ter transado, e sem camisinha. Quanta irresponsabilidade por permitir que inocentes sofram por conta da nossa rebeldia. Quantas vidas destruídas. Quantas feridas.
Quantas marcas. Quantas dores.

Quando em nosso coração há a sabedoria do Espírito, podemos deixá-lo como nosso guia, mas quando nele encontramos escuridão por ausência de Luz, quando se há escuridão para esconder o que há de podre nele, não podemos permitir que nossa vida seja destruída deixando que ele nos conduza.

Quantas pessoas não viveram oportunidades no momento de vivê-las e depois de algum tempo querem fazê-las. Quantos jovens envelhecidos. Quantos velhos infantis. Quantos casamentos destruídos por conta da falta de etapas fundamentais na vida de um ser humano. Quantas vidas destruídas eternamente por falta de um Sol para iluminar os caminhos.

Que nos possamos saborear nossos dias enquanto podemos saboreá-los, pois os dias maus são muitos.

Que nos possamos permitir que Deus, onde todas as coisas existem e subsistem, conduza o nosso viver. Pois a ele nós iremos a juízo não só para prestarmos conta daquilo que fizemos, mas também daquilo que não fizemos.

Deus foi justo ao ponto que permitiu que todas as pessoas que chegaram à velhice passassem pela juventude. Todas tiveram oportunidade. Oportunidade de escolher entre a Luz ou entre as trevas. Oportunidade de ser conduzido a verdes pastos ou a terras secas. Oportunidade de ser conduzido pelo coração ou pelo pecado.

Que você, que leu esse texto, possa deixar sua vida ser conduzida pela simplicidade do evangelho, que é a sabedoria eterna. Que você possa deixar que em seu coração, a Luz de Cristo possa iluminar seus caminhos.

Nele, que é a nossa Luz, o nosso Pastor, o nosso Criador, que nos conduz,

Amém.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Comunicando para que as pedras continuem caladas




O ser humano assim como vários outros animais é um ser comunicativo por natureza, porem dotado de racionalidade, e através da nossa comunicabilidade natural lançamos sobre as outras pessoas nossas idéias. Dependendo da intensidade de veracidade com que transmitimos nossos devaneios e da atual condição do receptor da mensagem, nossa ideologia será absorvida, ou não.

Como Igreja, temos uma tarefa dessas de se ganhar o mundo através de uma idéia. Uma idéia não tida por homens, mas por Deus: o evangelho.

A idéia mais atraente e benéfica é a reconciliação do homem para com Deus através de Cristo Jesus. Ela é atraente, desde que vista através de olhares mais perspicaz, desde que vista sobre uma perspectiva eterna, porém para quem não pensa e não gosta de sua vida e tenta “salvá-la” se inclinando às baladas, às drogas, ao sexo ilícito, ao hedonismo, à ganância acaba por ignorantemente perdê-la.

Muitas pessoas quando ouvem falar sobre a justificação, sobre o pagamento dos nossos pecados por alguém que nunca pecou acha injusta essa forma de livramento e não concorda alegando que Deus não é tão mau assim ao ponto de crucificar um homem para que eu ou você que está lendo esse texto agora tenha perdão sobre nossos pecados.

Outros até acreditam que existe um céu e um inferno, mas curiosamente acham que Deus é infinitamente bom ao ponto de salvar a todas as pessoas só por que Ele as ama.

Ainda existem pessoas que crêem que se nós formos bons, se praticarmos boas obras poderemos ter a chance de reencarnar em uma vida melhor e que esse papo de pecado original, de sacrifício substituto é papo de pastor ladrão.

Muitos estão sendo levados por ventos de doutrina que sopram dos quatro cantos desse mundo, ensinamentos apóstatas, cegos pelo príncipe desse século, onde ficam impossibilitados de verem que há uma Luz.

Deus quer que comuniquemos essa boa notícia a todos. Deus se fez carne assumindo forma humana com o intuito não só de fazer o sacrifício em nosso lugar, mas também para comunicar que o Reino dos Céus havia chegado. E que assim como Ele veio e anunciou o seu reino ao homem, nos temos a incumbência de proclamar que há um Deus, e que esse Deus é Jesus Cristo, que somente Ele pode nos livrar da condenação dos nossos pecados através do arrependimento. Somente Ele.

Que nós possamos a pulmões cheios clamar e dizer que Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor, pois veio para nos livrar do mal, para nos dar paz.

Se não comunicarmos aos outros, as pedras o farão.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Lutando para clarear o Caminho...








Bom tarde, bom dia ou boa noite... tudo bem com você?

Espero que sim, pois esse mundo é mau e se dermos alguma trelinha pra ele, logo nos vemos envolvidos em suas mentiras, enganações e armadilhas...

Muitas vezes confundimos as bênçãos e obras belas criadas por pessoas, que embora não professem uma fé ou assiduidade em alguma instituição religiosamente cristã (muitas vezes levítica), por coisas atreladas ao mal, ao demônio, ao inimigo ou ao pecado. Mas deixamos de perceber que são exposições de dons que Deus nos concedeu quando nos fez à sua imagem e semelhança permitindo-nos racionalizar, emocionalizar, sentir prazer, entre outras graciosidades...

E por causa disso nos vemos trancados em um sistema, modelo metódico humanizado, que atrofia nosso entendimento nos empurrando garganta abaixo qualquer coisa que seja aprazível ao que fala ou ensina nos colocando numa mensagem subliminarmente obscura que nos diz ser proibido pensar.

Que nós possamos ver, pensar, refletir, acreditar naquilo que seja acreditável não por ser logicamente acompanhável através da lógica que tenta quebrar a lógica da lógica prática humana, mas acreditar naquilo que a maior sabedoria nos ensina a crer: no amor. No amor de Alguém (para alguns, algo ou apenas o sucesso de uma série de milhares ou milhões de tentativas do acaso) que nos permite devanear, amar, sentir, pensar, planejar, elaborar, imaginar; não racionalizar que essas dádivas que Deus nos concede sejam coisas atribuídas a uma força contraria a Ele, mas Dele.

Quando nós creditamos impureza a algo puro e nos deixamos levar pelo prazer de apreciarmos “essas coisas” ainda que escondidas de alguém com o medo da repreensão daquele ou daquela, pois temos em nossa consciência que aquilo que estamos nos permitindo é coisa do demônio e que por causa desse nosso sentimento interior acabamos por ignorar e mentir ao que não se deixa enganar e revelamos (tomara que a nós mesmos, pois assim podemos perceber que erramos e que podemos voltar atrás em nossas atitudes hipócritas) que ao que não se deve desapontar, estamos desapontando em “benefício” daquele que é tão ou mais podre que nós mesmos. E o pior: tudo isso por ignorância causada por aquela mensagem citada a poucos momentos atrás que é proibido pensar.

Outra cilada que nós caímos, mesmo criada por nos mesmos, é a de associar esses nossos equívocos de se permitir ser conduzido alienadamente por alienados da graça de Deus ao próprio Deus. Assim nós atribuímos todos os pré-conceitos, ganâncias, artimanhas criadas pelo homem numa tentativa de crescimento demográfico em uma congregação ou em uma obesidade numa conta bancaria dessa mesma e até de seu líder Àquele que é contra a mentira, Àquele que disse que o amor ao dinheiro é fonte de todos os males, Àquele que disse que devemos amar não somente ao nosso próximo, mas também ao nosso inimigo, Àquele que promete um reino abundante de justiça, pois o Rei é o justo que se fez injustiça para que os justos se formassem justos.

Deus está muito mais alem da nossa dimensão que circula o entendimento. Muitas vezes se fala que Deus quer que a pessoa tenha determinada atitude ou comportamento, mas que se pararmos para pensar e ver com um mínimo de ética fundamentada naquilo que Jesus falou no sermão da montanha citado no evangelho de Mateus 5, vemos que nos é ensinado que devemos ser humildes, piedosos, mansos, pacificadores entre outros atributos indicando-nos que assim herdaremos o reino dos céus.

Eis a verdadeira sabedoria: o Evangelho. O fato de Deus ter vindo até o homem desprovido de qualquer atributo que lhe condicionasse sua verdadeira condição de soberania e exaltação, mas repleto de mansidão, misericórdia, compreensão, repleto de amor, um amor que nos constrange por sermos podres, imundos, sem capacidade de andar com nossas próprias pernas a caminhos mais longos...

E diante disso tudo, o miserável tenta chamuscar e ofuscar talvez inconscientemente, porem mais voltado para seus próprios desejos de poder, fama, riqueza, essa Luz, de maneira que nos reste apenas uma pequena penumbra, obscurecendo o Caminho que outrora seria bastante simples seguir, mas devido a tantos incrementos (talvez excrementos seria mais apropriado) tornou-se tortuoso, opressor e castrador nos impedindo de desfrutar dos bons prazeres, do melhor dessa terra....

Que não possamos nos confundir com as confusões atribuladas de atribulados que ainda precisam de luz para que vejam o Caminho, visto que assim como ervas daninhas, suas raízes sufocaram o crescimento da boa semente e fizeram com que assim crescesse outro tipo de fruto que se misturou com os bons nos tornando quase que impossível discernir qual o bom e qual o mal, reservando assim para no dia da colheita separar os feixes para serem queimados.

Que nós possamos ser humildes de coração, piedosos, misericordiosos, generosos, mansos, pacificadores. Que nós possamos amar assim como somos amados, que nós possamos perdoar assim como fomos perdoados. Que possamos mostrar através de nossas vidas, não somente por meio de palavras, para que elas não se tornem vãs, o Jesus que isso nos ensinou.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ele é o único que pode fazer, e faz.







O agir de Deus é poderosamente simples e ao mesmo tempo simplesmente poderoso. Em muitos momentos quando estamos engajados em algum projeto evangelístico bate um desanimo... ficamos imaginando se as pessoas estão realmente recebendo, se estamos fazendo da maneira correta, se realmente vale a pena...

Dessa forma estamos cometendo umas falhas tipicamente sinergístas ao associarmos o resultado da nossa pregação a nós mesmos. Estamos assim almejando por usurpação a glória que não é nossa, mas do Único que é capaz de fazer com que uma alma miseravelmente des-graçada possa deixar de ser receptora de sua ira para ser detentora da graça de Deus.

Mas deixa eu te falar uma coisa óbvia: nós não pregamos a nós mesmos, senão a Cristo crucificado. E isso é bastante claro que nós não temos influencia alguma sobre o plano de Deus de salvar aquele que ele quer que seja salvo. Nós apenas estamos dando continuidade a uma obra que Ele já fez primeiramente em nós, afinal foi Ele que também nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito dá vida.

Ele não nos chamou para pregar um evangelho baseado em obras mortas, que só nos a uma prisão, mas simplesmente na graça. Afinal, Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação.
Quando pensamos que o que estamos fazendo está errado, quando bate o desanimo, Deus nos mostra que nós não podemos fazer nada, mas revela que é somente Ele quem pode fazer, e faz.

Vamos deixar de nos gloriar em nós mesmos, com a falsa humildade quando dizemos que “eu não fiz nada, mas foi Ele quem fez, irmão...” aaaaaaaaaaaaaaaaaa deixa de hipocrisia e assume logo vai, que você se sente glorioso quando as coisas de Deus funcionam quando você esta envolvido, quando vem algo em sua mente que pode dar certo e que quando você aplica esse pensamento súbito e vê que ele realmente terá ou teve êxito você já fica todo gabola, se sentindo o super... o superespiritual, o supercrente, o super... Cuidado meu irmão com esses davaneios. Já ouve uma história de um que pensou semelhantemente e caiu feio e o seu destino não foi o dos mais aprazíveis. Cuidado com quem imitamos. Vamos procurar imitar Paulo. Pronto. Imitar Paulo. Ele nos incita a fazer assim bem claramente. É mais seguro. Vamos dizer assim: Senhor, tua graça me basta! Pois é verdadeiramente e unicamente Deus quem faz, e faz.

E ele faz assim de forma simples, singela, sem precisar de muitos aparatos, quando quiser, da forma que quiser, pois afinal de contas tudo é Dele, por Ele e para Ele. E isso é que é maravilhoso, pois quando percebemos que não fizemos absolutamente nada alem daquilo que ele quer que nós façamos, acontece a manifestação das suas maravilhas. Pessoas são salvas, se arrependem de seus pecados, percebem que há um Deus que verdadeiramente as ama, pelo simples fato que não sabemos o porque que Ele nos ama tanto ao ponto de dar seu próprio Filho para morrer para que assim possamos ter vida Nele.

Há momentos que estamos desanimados com a falta de resultados na obra do Senhor e entristecemos a nós mesmos, pois o trabalho acaba parecendo que não tem êxito. Mas são nesses momentos em que o Pai está trabalhando. Ficamos tristes com o silencio de Deus. Mas são nesses momentos que ele trabalha. Afinal, ele trabalha no silencio, não às escondidas, mas no silencio, pois as coisas de Deus não precisam de alarde para que tenham credibilidade e resultados. Elas apenas são o que são, assim como Ele é o que é. E não cabe a nós tentarmos descobrir ou saber o porquê que Ele fez isso ou aquilo, temos que apenas aceitar e esperar com a certeza que Ele vai fazer, e faz.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Momentos de solidão solidária







Existem momentos em nossas vidas em que ficamos tristes sem nenhum motivo aparente... ficamos pensando se todo o nosso rigor religioso é o que realmente vai nos salvar e inconscientemente chegamos à conclusão que isso tudo não leva ninguém a lugar algum (pelo menos em relação à comunhão com Deus), mas muitas vezes faz com que nossos nomes sejam sempre cotados como os superespirituais.

Por conta disso nos outorgam obrigações, cargos, responsabilidades eclesiásticas onde nós não nos sentimos verdadeiramente aptos a tal nobre função...

Muitas vezes em nossa tentativa de nos mostrar santos nos leva a reflexões putrificadas dentro de nosso inconsciente onde fazemos com que todos nos percebam como os Elias ou Joãos Batistas contemporêneos, mas quando na verdade estamos muito mais parecidos com os Anás, Caifás, Iscariotes da vida...

Acabamos esquecendo que diante de Deus todas as coisas são descobertas, mas nunca nos preocupamos em o que Ele vai pensar de nós quando estamos mais preocupados em que o irmão lá da igreja vai imaginar se nos flagrar olhando para a bunda da irmãzinha que vai com aquela saia toda curta mostrando as pernas e faltando quase nada para mostrar quase tudo.

O pior é que sabemos de toda essa podridão que emana de dentro de nós, mas fingimos que somos inocentes, que simplesmente ao pensar “nessas coisas” já ficamos com nojo e que isso não acontece comigo... às vezes da vontade de rir de tanta raiva do cinismo e da hipocrisia que flui livremente nas rodas descontraidas de bate papo do santos onde falar ou assumir qualquer pecadinho é pedir para ser apedrejado, cuspido, açoitado e até lançado ao abismo...

Esse sentimento torpe prejudica desastrosamente a igreja, pois uma vez escondido todos os nossos males dos que nos rodeiam faz com que essa falsa imagem de supercrente que emana de nos faça com que gere uma falsa referencia no próximo, que pode ate gerar sentimento de inferioridade aquele que sinceramente reconhece que não passa de um verme desprezível condenado ao inferno que nem a graça do Senhor foi capaz de transformar; mas claro que foi, pois somente onde há desgraça é onde pode superabundar graça, somente onde há trevas é onde a luz pode resplandecer...

Acabamos por viver em um sistema formado pela hipocrisia humana corrompendo a comunhão pelo fato de todos estarem petrificados bloqueando assim que qualquer um que esteja precisando de uma mão ou de um ombro para encostar a cabeça... E isso nos faz claramente ver que isso é mal...

Onde ficará a comunhão verdadeira entre os irmãos? Afinal não fazemos parte de um mesmo corpo? Tudo não passa de artificialidade, fruto das barreiras impostas pela dureza dos corações contaminados com a tradição religiosa que de bíblica não tem nada...

Alem do sectarismo camuflado pelas rodas de bate papo superficiais onde sentimentos só são expressos artificialmente essa dureza causada pela soberba escondida pelo ego não permite que o pobre do ser não examine a si mesmo na tentativa de pelo menos pedir perdão por algo minimamente pecaminoso que seja digno de tal.

Acabamos por nos perceber como pessoas superespirituais, mais espirituais que até o próprio cristo que em determinado momento de sua vida íntima confessou aos mais próximos que sua alma estava profundamente abalada... se hoje confessarmos a alguém que estamos abalados, é provável que a pessoa nos mande logo repreender esse sentimento negativo e sequer escuta qual o nosso verdadeiro problema... aí teríamos que agüentar tudo sozinho, senão tivéssemos em nossas vidas aquele que tudo sofreu por nós, que nos entende, que nos escuta e nos responde de maneira incrivelmente singela...

Nele, somente nele temos plena comunhão se confessarmos os mais podres dos nossos pecados, porque o homem... nada pode fazer a não ser julgar-nos como o mais terrível dos pecadores. Porem, enquanto não nos achegarmos a cristo como o mais podre dos pecadores, não alcançaremos perdão. Afinal, ele é o único que verdadeiramente nos entende.

Nele, que não teve vergonha de confessar que estava com a alma abalada

Amém.



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Deixando de ser papagaio através da dor que causa arrependimento...








Certa vez estava conversando com um amigo que dizia estar em estado de Graça apenas buscando a Graça, para que apenas pudesse viver por, da, para a Graça. E ele me falou uma frase interessante que naquele momento desencadeou dentro de minha cabeça uma serie de reflexões onde antes que ele pudesse concluir sua linha de raciocínio meneei positivamente a cabeça em um sinal de concordância: “na verdade, somos verdadeiros papagaios, que apenas repetimos aquilo tudo que nos falam...”

Muitas vezes nos deixamos influenciar pela cadeia de um sistema complexo que nos transformam em verdadeiros papagaios onde apenas repetimos aquilo que é falado ou veiculado por uma determinada liderança religiosa ou uma determinada cadeia global de informação com fortes poderes de mídia gospel, fazendo com que assim nos afastemos da verdadeira verdade que conduz à vida eterna. E isso sem duvida não reflete uma outra coisa senão o espírito pós-moderno infiltrando-se na sociedade cristã silenciosamente através do relativismo gerando dessa forma uma falsa tolerância por parte dos crentes àquilo que é notoriamente prejudicial apenas para que não sejamos diferentes dos demais, para que assim não recebamos pedradas ou quarenta menos uma chibatadas...

Isso é prejudicial dentre vários aspectos pelo menos no sentido de nos afastarmos do verdadeiro evangelho (não querendo ser ortodoxo, tentando ao mesmo tempo nos manter dentro da ortodoxia) que nos indica claramente nos abster das coisas desse mundo visto que ele jaz no maligno e que não temos como participar ao mesmo tempo da Ceia do Senhor e da mesa de Belial.

Infelizmente acabamos por retroagir achando que estamos nos aprofundando ou amadurecendo espiritualmente negando a Graça, ao ponto de quase que imperceptivelmente nos elevarmos ao ponto de negarmos o próprio poder de Deus em nossas vidas, dando lugar muitas vezes por questões puramente geradas pela carne como o egoísmo escondido em um falso sentimento de zelo e proteção, ou muitas vezes de auto-afirmação onde indicamos em reuniões que apenas nós somos capazes de fazermos com que “algo” verdadeiramente aconteça negando assim absurdamente o poder da graça de Deus e ao mesmo tempo assumindo a condições de intermediadores negando novamente a Cristo...

Muitas vezes as grandes redes de comunicações autodenominadas evangélicas ajudam e dão fôlego a esses conceitos desviados não do pecado, mas da sã doutrina da reconciliação de Deus com o homem por meio da morte de seu Filho através única e exclusivamente do arrependimento seguido da fé em uma pura jogada de marketing comercial utilizando assim o nome de Jesus como uma carta de recomendação que outorga poderes para que digam qualquer coisa que lhes caibam como aprazíveis e que assim será verdade... Infelizmente a sociedade herdou de seus antepassados hábitos pagãos de religiosidade e expiação e não consegue absorver a simplicidade do arrependimento para perdão de pecados.

O evangelicalismo contemporâneo tornou a igreja do Senhor a algo semelhante ao movimento opositor da reforma. A iconoclastia e a idolatria juntamente com a venda de indulgencias estão levando o nome de Jesus ao porte de um passaporte para a salvação e para a prosperidade financeira e física. Tudo isso causado muitas vezes por esses “superapóstolos” que acabaram por contaminar de tal maneira a mente dos fiéis ao ponto de eles mesmos negarem a Jesus como o único e suficiente para a salvação e perdão, fazendo com que assim esses itens fundamentais redentores são colocados em segundo ou em terceiro ou em até quarto plano na vida desses cristãos.

Na segunda carta (segundo o cânon, mas a quarta carta que se tem conhecimento histórico) do apóstolo Paulo aos coríntios ele reforça o combate feito na segunda carta perdida (que na ordem cronológica dos fatos seria a 3ª carta de Paulo aos coríntios) aos “superapóstolos” que naquela ocasião colocaram em cheque sua autoridade apostólica trazendo para si mesmos as próprias recomendações do Cristo. Esses falsos líderes estavam influenciando com relevância os ensinos doutrinários da igreja de corinto negativamente.

Esses superapóstolos denegriam em palavras a imagem de Paulo chegando a afirmar que ele era covarde na presença deles, porem corajoso por meio de cartas, que ele não tinha eloqüência apurada e ao mesmo tempo intitulavam-se superespirituais, superapóstolos.

Contemporaneamente, a igreja do Senhor esta muitas vezes absorvendo muitos ensinos semelhantes ao dos superapóstolos de 2 Coríntios, visto que colocam em cheque a autoridade e a suficiência de Cristo ao induzirem o povo a crer em uma serie de rituais complementares que destacam resultados eficazes para o sucesso, para a cura física, para o bem estar.

Isso é maléfico em dois pontos fundamentais: 1º há uma inversão no centro da nossa adoração, onde Cristo é colocado de lado para que tenhamos aquilo que nos é mais conveniente e em 2º colocam a suficiência de Cristo em cheque assim como colocaram o apostolado de Paulo. Tudo isso, partindo de interpretações equivocadas das Escrituras, fazendo com que ela sirva para dizer aquilo que eles querem que ela diga ao invés de se buscar dizer o que ela quer realmente nos dizer.

E muitos de nós estamos suscetíveis a esses falsos ensinamentos, muitos de nos estamos facilmente expostos a toda essa podridão disfarçada por paletós e cabelos rigorosamente penteados com gel. Eles esquecem que o maior deste mundo era um que se vestia com peles de animais e deveria ter o cabelo mais ou menos parecido com o de Bob Marley...

Isso esta incrustado na sociedade. As músicas “evangélicas” são logo ignorantemente chamadas de adoração, quando na verdade enquanto você esta mergulhado no emocionalismo, o outro lá de cima do palco está mais preocupado com os dólares e com o seu papel higiênico de cor de rosa ou com suas três mil toalhas brancas. As pregações estão falando de dinheiro mais que de arrependimento e perdão... Tudo está invertido para não dizer ua palavra politicamente in-correta.

O problema maior de isso tudo é que essa alienação espiritual não parte apenas dos bancos da igreja, mas do púlpito fazendo com que assim o poder de destruição dessas falsas doutrinas carregadas de hipocrisia, falsidade, religiosidade, ganância e interesses próprios se alastrem mais poderosamente. Muitos pastores e lideres acabam por serem presas fáceis desses profetas da prosperidade ou desses super-religiosos legalistas sectaristas em beneficio de uma “igreja próspera”.

Temos muitas vezes um salão cheio de pessoas, mas que ainda não são igrejas... que são enganadas por essa rede miserável des-graçada.

Por conta disso tudo, temos que nos examinar para ver se estamos na fé. O apóstolo Paulo nos incita a provar a nós mesmos para que reconheçamos que Jesus Cristo está em nós, para que dessa forma saibamos que somos alem de escolhidos, aprovados.

E muitas vezes chegamos à conclusão que estamos não no Caminho, mas em veredas que só nos levam à tristeza, mas que pelo menos através dessas possamos ficar tristes para que assim cheguemos ao arrependimento por reconhecer após analisar, provar, examinar, que as sutilezas do complexo meio institucional religioso nos enganaram e estão entranhadas em nós e que dessa forma possamos alcançar arrependimento e assim voltar ao único e verdadeiro Caminho saindo dessas veredas que só nos levam a decepções contínuas e eternas.

Que possamos alegrar a Deus assim como o povo de Corinto alegrou a Paulo quando se entristeceu, ainda que por pouco tempo, não porque fostes entristecidos, mas porque fostes entristecidos segundo a vontade de Deus, para que não sofresse dano algum por causa do “evangelho”. Pois a tristeza a tristeza segundo a vontade de Deus produz o arrependimento que conduz à salvação.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Assinado: Sr. Jesus Cristo







No caso da condenação da Igreja Universal do Reino de Deus pelo Tribunal de Justiça de Minas por explorar um portador de déficit mental, passou despercebido um detalhe revelador do quanto são enganadores os pastores dessa seita.



Do zelador Edson Luiz de Melo, os pastores tiraram tudo que puderam. Além de entregar todo o seu salário à seita, ao longo de anos, Melo emitiu cheques pré-datados e deu o dinheiro da venda de um terreno.



Em troca, o zelador recebeu um diploma de dizimista assinado, veja só, pelo próprio Jesus Cristo, o "abençoador", que, aliás, observe na reprodução acima, caprichou na caligrafia. A informação é do portal mineiro Uai.



O diploma transcreve Malaquias 3.10-12, que, entre outras coisas, diz “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimentos na minha casa”.



Se isso não for charlatanismo então alguém me diga o que é.



O que houve com Melo, que acabou sendo afastado do serviço por causa do agravamento de sua doença, foi ao contrário do que promete o diploma de dizimista. Como dava tudo que tinha à Igreja Universal, faltou-lhe dinheiro inclusive para compra de remédios.



O Ministério Público deveria enfrentar a Igreja Universal, porque não se trata apenas de um caso, do zelador Mello. Existem outros. É só apurar um pouco, que eles aparecerão aos montes.

Fonte: PavaBlog

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Por Que Seminaristas Costumam Perder a Fé Durante os Estudos Teológicos







Não quero dizer que acontece com todos. Mas, acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo, e que depois de entrar no seminário ou faculdade de teologia, esfriaram na fé, se tornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).


E isso pode acontecer até mesmo em seminários cujos professores são conservadores, que acreditam na Bíblia de capa a capa. Esse quase foi o meu caso. Após minha conversão em 1977, depois de uma vida desregrada e dissoluta, dediquei-me à pregação do Evangelho e a plantar igrejas. Larguei meu curso de Desenho Industrial na Universidade Federal de Pernambuco e fui trabalhar como obreiro no litoral de Olinda, pregando a uma comunidade de pescadores, depois no interior de Pernambuco entre plantadores de cana e finalmente entre viciados em droga em Recife. Todos me aconselhavam a fazer o curso de seminário e a me tornar pastor. Eu resistia, pois tinha receio de que quatro anos em um seminário iriam esfriar o meu ânimo, meu zelo, minha paixão pelas almas perdidas. Eu conhecia vários seminaristas e não tinha a menor intenção de me tornar como eles. Finalmente cedi. Entrei no seminário aos 24 anos de idade, provavelmente como um dos mais relutantes candidatos ao ministério que passara por aquelas portas. Tive professores muito abençoados que me ensinaram teologia, Bíblia, história, aconselhamento. Eram todos, sem exceção, homens de Deus, comprometidos com a infalibilidade das Escrituras e com a teologia reformada. Tenho tenho que confessar, porém, que nesse período, esfriei bastante. Perdi em parte aquele zelo evangelístico, a prática de dedicar várias horas diárias para ler a Bíblia e orar. O contato com a história da Igreja, a história das doutrinas, as controvérsias, afora a carga tremenda de leituras e trabalhos a serem feitos, tudo isso teve impacto na minha vida devocional. Pela graça de Deus, durante esse período me mantive ligado ao trabalho evangelístico, à pregação. Mantive-me em comunhão com outros colegas que também amavam o Senhor e juntos orávamos, discutíamos, compartilhávamos nossas angústias, alegrias, dificuldades e planos futuros. Saí do seminário arranhado.


Infelizmente esse não é o caso de muitos. Se o Mauro Meister quisesse, ele poderia dar testemunho aqui de como quase perdeu a fé em Deus e na Palavra quando entrou no seminário da denominação à qual ele pertencia antes de ser presbiteriano. Ele teve que tomar uma decisão: ficar e perder a fé, ou sair. Preferiu sair -- pelo que todos nós somos gratos! -- e fazer outro seminário. Além desses dois casos que eu mencionei, conheço vários outros de seminaristas, estudantes de teologia, que perderam a fé, o zelo, o fervor, a confiança, e que saíram do seminário totalmente diferentes daqueles jovens entusiasmados, evangelistas, que um dia entraram na sala de aula ansiosos por aprender mais de Deus e da sua Palavra.


Existem algumas razões pelas quais essa história tem se tornado cada vez mais comum. Coloco aqui as que considero mais relevantes, sempre lembrando que muitos seminários e escolas de teologia levam muito a sério a questão da ortodoxia bíblica e do cultivo da vida espiritual de seus alunos. Não é a eles a que me refiro aqui.


1) Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem qualquer preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal fizeram 17 anos e foram enviados simplesmente porque eram líderes destacados dos adolescentes de sua igreja, eram líderes do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tim 3.6). Eles não têm a menor estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula. E nem têm ainda maturidade para estudar teologia como se fosse uma disciplina qualquer, até mesmo quando ensinada por professores conservadores que mal oram em sala de aula.


2) Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais ou conservadores frios espiritualmente nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais à uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo e nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos, exemplos de líderes para começar seus próprios ministérios?


3) Alguns desses professores têm como alvo pessoal destruir a fé de todos os seus estudantes antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os erros da Bíblia e o engano da Igreja Cristã, influenciada pela filosofia grega, em elaborar doutrinas como a Trindade, a Divindade de Cristo, a Expiação. Mesmo sem usar linguagem direta -- alguns usam, todavia -- lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo de entre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles ensinam os seus pobres alunos a beber, fumar e freqüentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías ("e a casa se encheu de fumo") nos seminários!!


4) Bom, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica e nem sólida. Quanto mais cedo ela for destruída e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor idéia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivar uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta fé; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente -- alguns, abertamente -- estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente. Quando entraram nos estudos teológicos, eram jovens que tinham como a missão principal de sua vida pregar o Evangelho, glorificar a Deus e ganhar o mundo para Cristo. Agora, após quatro anos debaixo de professores liberais ou conservadores mortos, seu único alvo é conseguir campo para ganhar o pão de cada dia e sustentar-se e à família. Esse tipo de motivação destrói igrejas em curto espaço de tempo.


5) Não podemos deixar de lembrar que ao final, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Cor 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et labutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E pela labuta nos estudos poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.


Eu daria as seguintes sugestões a quem pensa em fazer teologia e depois seguir a carreira pastoral.


Verifique suas motivações. O que lhe leva a desejar o pastorado? Muitos querem ser pastores porque não conseguem ser mais nada na vida. Não conseguem passar no vestibular para outras carreiras e nem conseguem emprego. Vêem o pastorado como um caminho fácil para ter um emprego.
Procure saber qual a opinião de seus pais, de seus pastores, e de seus amigos mais chegados, que terão coragem de lhe dizer a verdade.
Seja honesto consigo mesmo e responda: você já levou alguém a Cristo? Você tem liderança? Você tem facilidade de comunicação em público e em particular?
Você tem uma vida devocional firme, constante, sólida, em que lê a Bíblia e ora, buscando a face de Deus, com zelo e fervor? Cultiva uma vida santa e reta diante de Deus, odeia o pecado e almeja ser mais e mais santo em seu caminhar?


Um colega de seminário me lembrou recentemente que uma das coisas que o impediram de perder a fé e o fervor durante o tempo de estudos foi que ele tenazmente se aproximou dos professores conservadores que eram espirituais, dedicados, fervorosos, que valorizavam a vida com Deus e a santidade. A comunhão com esses homens de Deus foi um refrigério para ele, e funcionou como uma âncora nos momentos de tentação e crise.


Lamento pelos jovens que perdem sua fé ou seu amor a Deus durante os anos de estudos teológicos. Lamento mais ainda pelas igrejas onde eles vão trabalhar e onde plantarão as mesmas sementes de incredulidade e frieza que foram semeadas em sua mentes abertas e despreparadas por professores que não tinham fé ou não tinham zelo.

Texto de Augustus Nicodemus
Fonte: O Tempora, O Mores

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Devaneios...







Fortaleza, 08 de Outubro de 2008 17h57min

Longe de toda discursão teológica, longe do "evangelho" complicado oferecido por muitos, mas mais centrado na pureza e na simplicidade de um confrontamento com a Verdade... esse é o que procuro pra mim nesse final de tarde. Estou meditando na canção El Shadai de Cynthia Ferreira e Deus tem falado muito comigo atraves dessa voz estridente e da letra penetrante da música que reflete pelo menos em mim sentimentos muitas vezes escondidos no interior de minha mente, escondido até de mim mesmo... sentimento esse de fuga, anseio do nosso resquício pecaminoso, não regenerado, que nos faz as vezes pensar de forma egoísta em nós mesmos onde queremos apenas cuidar de nós mesmos à nossa maneira, deixando de lado o compromisso que fizemos com nos mesmos de tentar retribuir ao maximo ao amor d'Aquele que se nos deu para que tivessemos vida n'Ele...

Que não somente eu, mas que todos aqueles que estão em Cristo, possam analisar a si mesmos diariamente com a finalidade de não ficarmos fracos e doentes mas para que nos mantenhamos firmes até o Dia do nosso Senhor.

Que possamos dizer ou com nossa voz ou com a força do nosso coração:

DEUS, EU TE AMO! TU ÉS O MEU SENHOR!
EL SHADAI, JEOVÁ, GLORIA A DEUS, ALELUIA, TU ÉS O DEUS DA MINHA VIDA, O MEU SENHOR!!!!

Movimento G12



Dr. Paulo Romeiro

Uma das características de grande parte da Igreja Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Vários segmentos evangélicos não se contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos e pais da Igreja — mais tarde defendida pelos Reformadores — e vivem numa busca constante de novidades e modismos doutrinários. Nos últimos anos, vimos vários ensinos e práticas controvertidos invadirem os púlpitos e infestarem a mídia evangélica, tais como: quebra de “maldições hereditárias”, “cura interior”, “confissão positiva”, “espíritos territoriais”, “mapeamento espiritual”, cultos de “libertação”, “galacionismo” (a tentativa de levar a Igreja à práticas e ensinos do Velho Testamento, como a guarda do Sábado e das festas de Israel), dentre muitos outros.

Uma das últimas novidades a invadir o arraial evangélico brasileiro chegou da Colômbia. Denominado G 12 (Grupo 12), esse é um movimento que propõe o crescimento das igrejas através de células, com reuniões nas casas. O principal protagonista do G 12 é César Castellanos Domínguez, líder da Missão Carismática Internacional, com sede em Bogotá. Entre 1989 e 1990, sua esposa Cláudia (com quem se casou em 1976) envolveu-se com a política, sendo candidata à presidência daquele país, ficando em quinto lugar no número de votos. Mais tarde, ela conseguiu eleger-se senadora. O casal tem quatro filhas: Joana, Lorena, Manuela e Sara Ximena.

Castellanos conta que depois de sua experiência com Cristo e de trabalhar como evangelista nas ruas de Bogotá, teve a oportunidade de pastorear pequenas igrejas, durante nove anos de ministério. A última delas só tinha 30 membros quando ali chegou, alcançando dentro de um ano, o número de 120 membros. Insatisfeito com os resultados conseguidos nessa igreja, ele renunciou ao pastorado.

Em fevereiro de 1983, enquanto passava férias numa praia colombiana, diz ter tido uma experiência com Deus, que o chamava para pastorear. No mês seguinte, iniciou na sala de sua casa a Missão Carismática Internacional, com apenas oito pessoas. Traçou depois um alvo para atingir o número de 200 membros. O líder colombiano confessa que foi grandemente influenciado por David (Paul) Yonggi Cho, da Coréia, que já vinha adotando por várias décadas o sistema de crescimento de igreja em células (também chamado de grupos familiares). Atualmente são muitos milhares que formam a família da igreja na Colômbia. Para o final de 1997, a meta de Castellanos era ter 30 mil células e 100 mil grupos. No ano 2000, seu alvo é ter um milhão de membros. Já pensou?

Já existem no Brasil várias pessoas e ministérios que abraçaram a visão de César Castellanos. Os que mais se destacam são Valnice Milhomens, muito conhecida pelos seus programas de TV, e Renê Terra Nova, líder da Primeira Igreja Batista da Restauração, em Manaus. A exemplo de Valnice, Renê já pertenceu também à Convenção Batista Brasileira. Valnice explica sua ligação com a Colômbia:

Tendo a convicção de que o modelo de Bogotá era a base para o modelo que Deus tem para nós, temos retornado às convenções para beber da fonte. Cremos que Deus deu ao Pr. César Castellanos o modelo dos doze que há de revolucionar a igreja do próximo milênio, pelo que o abraçamos inteiramente, colocando-nos sob sua cobertura espiritual dentro dessa visão revolucionária, fundada na Palavra de Deus. Tendo sido ungida como um de seus doze internacionais, estamos, como igreja, comprometidos em viver essa visão.1

POR QUE G 12?

César Castellanos explica porquê:

Pedi a direção do Senhor, e Ele prometeu dar-me a capacidade de preparar a liderança em menos tempo. Pouco depois abriu um véu em minha mente, dando-me entendimento em algumas áreas das Escrituras, e perguntou-me: 'Quantas pessoas Jesus treinou?' Começou desta maneira a mostrar-me o revolucionário modelo da multiplicação através dos doze. Jesus não escolheu onze nem treze, mas sim doze.2

Outros exemplos bíblicos são citados, como as 12 pedras no peitoral do sacerdote (Êx 28.29); também com 12 pessoas Jesus alimentou as multidões. Para reforçar o argumento de Castellanos, Valnice acrescenta:

Podemos notar que o número doze, nas Escrituras, é o número de autoridade e governo... O dia tem 24 horas, que são dois tempos de doze. Cada ano tem doze meses. O relógio não pode ser de 11 ou de 13 horas. Deve ser de doze horas, para que possamos administrar o tempo. Não foi um capricho de Jesus escolher doze homens. Ele sabia que estava ali a plenitude do ministério. Os fundamentos requeriam doze apóstolos.3

Penso que não há necessidade de se criar uma aura mística ao redor do número doze, pois há outros números na Bíblia que também despertam a atenção. Pense, por exemplo, no número três. Três é o número da Trindade. Três foram os presentes que os magos do Oriente ofertaram a Jesus. Três foram os principais patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó. Três foi o número dos discípulos mais íntimos de Jesus: Pedro, Tiago e João. O número sete também é bastante sugestivo. Em sete dias Deus fez o mundo. Durante sete dias, o povo de Israel marchou em volta da cidade de Jericó, até conquistá-la. Instruído por Eliseu, Naamã mergulhou sete vezes no rio Jordão para ser curado de lepra. Sete foi o número dos diáconos escolhidos pelos apóstolos (Atos 6.5). Sete foram também as igrejas do Apocalipse. Agora, pense no número 40. Por 40 o povo de Israel peregrinou no deserto. Moisés esteve no monte durante 40 dias, jejuando e orando na presença de Deus. Jesus jejuou 40 dias no deserto, por ocasião de sua tentação.

COMO FUNCIONA O G 12

A igreja se divide em pequenos grupos denominados células. As pessoas são evangelizadas através das células, das reuniões na igreja ou de eventos evangelísticos. Depois de evangelizadas, começa o processo de consolidação. O novo adepto responderá um questionário chamado mapeamento espiritual, com uma grande variedade de perguntas sobre o passado da pessoa e de seus familiares. Algumas perguntas são bastante constrangedoras. Tal questionário vai dar ao líder da célula ou ao discipulador uma visão da jornada espiritual do novo discípulo. Em seguida, ele será levado a participar da célula, passando a construir novos relacionamentos.

Após esse processo inicial, a pessoa é estimulada (e muito) a passar pelos seguintes estágios:

1. Pré Encontro: Constituído de quatro palestras preparatórias para o encontro de três dias. Nessa fase, o discípulo recebe orientações sobre a Igreja, o senhorio de Cristo, mordomia e batismo.

2. Encontro: Um retiro espiritual de três dias, onde a pessoa receberá ministração nas áreas de arrependimento, perdão, quebra de maldições, libertação, cura interior, batismo no Espírito Santo e a visão da igreja. Cerca de 100 pessoas (jovens, mulheres, homens e crianças) são separadas um ou dois meses após a sua entrega na igreja e são levadas a um lugar distante do contexto familiar para serem ministradas. Para César Castellanos, o encontro equivale a todo um ano de assistência fiel à igreja.4

3. Pós Encontro: Quatro palestras para consolidação das vitórias alcançadas no Encontro.

4. Escola de Líderes: Formação em três estágios de três meses cada, para se tornar líder de célula e de grupo de doze.

5. Envio: Quando alguém começa uma célula de evangelismo a partir de três pessoas, tornando-se líder de célula. Depois de sua célula consolidada, ele começa a formação do seu grupo de doze para discipulado, tornando-se líder de doze. Consolidado seu grupo de 12, ele estimula a cada um a formar seu grupo de doze. Surge então o líder de 144, e assim por diante.

PRÁTICAS QUE PREOCUPAM

Não há nada de errado em dividir a igreja em células ou grupos familiares para reuniões nos lares ou outros locais. Muitas igrejas ao redor do mundo têm feito isso e até com bons resultados. Dependendo da região ou da cultura onde se aplica o processo, pode ser uma boa idéia ou não. Creio que um dos fatores que muito contribuiu para o crescimento da Assembléia de Deus no Brasil foi o culto doméstico. Lembro-me de que quando me converti na Assembléia de Deus de São José dos Campos, SP, em 1971, o culto doméstico era uma parte importante da programação da igreja. Eu mesmo participei intensamente de tais programações. As reuniões nos lares eram usadas para a evangelização dos perdidos e para a edificação dos crentes. Não havia aberrações doutrinárias.

Um dos problemas em relação ao G 12 é a inserção de práticas, conceitos e ensinos nada bíblicos, tais como quebra de maldições hereditárias, cura interior, mapeamento espiritual, escrever os pecados em pedaços de papel e queimá-los na fogueira, revelações extrabíblicas e outros. No meu livro Evangélicos em Crise (Editora Mundo Cristão), tratei, de forma abrangente, de algumas dessas aberrações.

Outra coisa intrigante é a proibição taxativa de se relatar o que se passa nos encontros. Conversei com várias pessoas que participaram e elas me falaram que a única coisa que poderiam dizer do encontro é: “o encontro é tremendo”. Observe uma das normas do Encontro: “Não se pode mencionar muitas coisas sobre o Encontro, porque o mesmo trás consigo muitas surpresas e todos os seus participantes comprometem-se a não revelar absolutamente nada do que receberam lá”.5

Acho isso realmente muito estranho. Ora, quando alguém recebe bênçãos de Deus, quando Deus faz uma grande obra numa pessoa ou no meio de um povo, o mais natural e bíblico é dar testemunho, é contar o que Deus fez. Tal proibição não tem base bíblica. Ao contrário. Observe a declaração de Jesus diante do sumo sacerdote: “Respondeu-lhe Jesus: Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em segredo” (João 18.20). Paulo escreveu a Timóteo: “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros” (2 Timóteo 2.2). Portanto, não há por que ficar escondendo informações dos demais. Isso mais parece “maçonaria evangélica”.

O G 12 assume também uma postura exclusivista. Ele é apresentado como a única tábua de salvação para a igreja, o último movimento de Deus na terra, a única solução para a salvação das almas. É apresentado ainda como a restauração da Igreja segundo o seu modelo original no livro de Atos dos Apóstolos. David Kornfield, da Sepal, declarou:

Notamos que Deus está produzindo um novo mover do Seu Espírito no seio da Igreja brasileira, à medida que nos aproximamos de um novo milênio. Esse mover do Espírito é tão grande que algumas pessoas o entendem como uma Segunda Reforma. A primeira reforma, deflagrada por Martinho Lutero, tinha a ver com a justificação pela fé e com a salvação individual. A Segunda Reforma celebra e desenvolve a alegria de sermos salvos a nível coletivo; salvos para, reciprocamente, vivenciarmos a alegria da vida em Cristo.6

César Castellanos confirma tal exclusivismo ao declarar:



A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do século XXI.7



Nem certos movimentos e líderes de Deus no passado escapam dos ataques do G 12. Valnice Milhomens denomina a Igreja da época do imperador romano, Constantino, de “igreja política”, dizendo que Constantino relegou oficialmente o vinho novo aos odres velhos das catedrais. Sobre a Igreja Reformada, ela diz que Lutero reformou o vinho (teologia), mas o derramou novamente nos odres velhos. Para ela, o movimento de avivamento procurou reavivar o vinho dentro dos odres velhos. Os pentecostais e os carismáticos derramaram o vinho do Espírito Santo dentro dos odres velhos. Quanto a Igreja em Células, sua opinião é de que Deus está recriando modelos de comunidade de odres novos que preservem o vinho novo em odres novos.8



Não é a primeira vez que um surge um grupo ou movimento religioso dizendo ser a única e última solução de Deus para o mundo. Não vou mencionar aqui as diversas seitas que já fizeram isso. Mesmo dentro do mundo evangélico, já surgiram vários grupos agindo da mesma forma. Lembro-me de quando morei nos Estados Unidos, estava em voga o Shepherding Movement (Movimento do Pastoreio), que ensinava um forma de discipulado onde cada novo membro no grupo tinha um líder espiritual, um discipulador, a quem prestava contas de tudo em sua vida. As críticas contra as igrejas eram bem hostis e o movimento também se considerava a última solução de Deus para o mundo. Mais tarde, muitos de seus líderes reconheceram que estavam errados e pediram perdão, publicamente, pelos danos provocados a muita gente.



Lembro-me de que aqui no Brasil, na década de 80, surgiu um movimento promovido por várias comunidades denominado Novo Nascimento. Sua ênfase era de que a pessoa, uma vez convertida, não pecaria mais. E de novo, os testemunhos apresentados nesses movimentos eram muito parecidos com os de hoje do G 12: “Eu fui membro (ou pastor) de tal igreja, por tantos anos e não era salvo. Só depois que fiz o G 12 (ou os Encontros) é que recebi a vida eterna”. Ora, isso é negar um trabalho da graça já realizado anteriormente na vida da pessoa.



VENTOS DE DOUTRINA



O G 12 tem sido grandemente influenciado por vários líderes da Confissão Positiva (Teologia da Prosperidade) – entre eles, Kenneth Hagin. Um dos exemplos é o emprego do termo rhema. Na língua grega, há dois termos para o vocábulo “palavra”: logos e rhema. Como os pregadores da Confissão Positiva, vários líderes do G 12 (entre os quais César Castellanos e Valnice Milhomens) fazem um alarde sobre uma suposta diferença entre esses dois termos. Rhema, dizem eles, é a palavra que os crentes usam para decretar ou declarar. É o “abracadabra”. Já logos, é a palavra de revelação, mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O termo pode referir-se também à Bíblia.



Há alguns anos, conversei com Dr. Russell Shedd sobre esse assunto e ele me disse que o apóstolo Pedro não fez distinção entre esses dois termos quando escreveu 1 Pedro 1.23-25. Por favor, veja a seguir:



v. 23: pois fostes regenerados. Não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra (logos) de Deus, a qual vive e é permanente.



v. 24: Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva: seca-se a erva, e cai a sua flor;



v. 25: a palavra (rhema) do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra (rhema) que vos foi evangelizada.



O G 12 deixa muito a desejar no que se refere ao discernimento doutrinário, pois tem sido grandemente influenciado pelos ensinos anômalos de Peter Wagner e de outros na área de batalha espiritual. Peter Wagner é professor da Escola de Missões do Seminário Fuller na Califórnia, Estados Unidos. Entretanto, seus escritos sobre guerra espiritual, como também os de Rebeca Brown, são inaceitáveis à luz da Bíblia.



O G 12 não será o último vento de doutrina a invadir o arraial evangélico. Seus líderes atuais já abraçaram outros modismos no passado, e certamente abraçarão outros que virão. Por esta razão, deixamos aqui um alerta ao povo de Deus: Todo líder, igreja ou ministério que se abre para um vento de doutrina, um modismo doutrinário, ou uma aberração teológica, estará sempre aberto para a próxima onda, quando aquela já arrefeceu. Que Deus nos ajude a permanecermos constantes, firmes na Rocha!

Música e Dualismo - No Ritmo de Zoroastro






Texto de Aldo Menezes



Certa ocasião, dei carona a uma pessoa. Eu estava ouvindo uma música de um cantor não-evangélico. De imediato, o carona se surpreendeu por eu estar ouvindo "música mundana". E agora? Fui pego em flagrante delito espiritual? Creio que não. Tive de pacientemente explicar a diferença entre música mundana e música evangélica. Ele não se dava conta de que na verdade estava seguindo o ritmo de Zoroastro.

Zoroastro, também chamado Zaratustra, foi o sábio persa que sistematizou um dualismo complexo, de abrangência metafísica (a crença em dois princípios coeternos, incompatíveis e antagônicos: o reino do bem e o reino trevas), cosmológica (criação – anticriação), ética (bem – mal) e antropológica (corpo – espírito). Esse dualismo radical influenciou o pensamento grego, além de influenciar duas correntes de pensamento que rivalizam com o cristianismo pós-apostólico: o gnosticismo e o maniqueísmo. Sua proposta era ambiciosa: libertar a alma (a centelha divina) que havia sido aprisionada no corpo físico, pertencente ao reino do mal.


Ao longo da história, a igreja precisou se defender do dualismo, reafirmando que Deus é criador tanto da matéria quanto do mundo espiritual; que o ser humano não é uma alma aprisionada no corpo, mas um ser tanto físico quanto espiritual. Não somos somente “alma”, somos um composto de corpo e alma. Na ressurreição, alma e corpo voltam a se encontrar. O ser humano integral voltar a viver em sua plena natureza.


Há, porém, um ponto em que o dualismo também era nocivo: na luta entre o Bem e o Mal, a individualidade do ser humano era praticamente ignorada ou desprezada. O indivíduo era tão-somente num agente passivo, influenciado quer pelo Bem quer pelo Mal, um joguete nas mãos dos deuses, como cantado pelo Abba em "The winner takes all" [O vencedor leva tudo].


Não é difícil perceber que no meio evangélico muitos se deixaram influenciar por esse dualismo. Muitos vivem uma ética nos moldes do zoroastrismo. Isso fica evidente na sua concepção de mundanismo. O termo é empregado para indicar especialmente tudo o que não é evangélico. Assim, música mundana é música que não louva a Deus ou não é gravada por evangélicos. Se não for de Deus, é automaticamente do Diabo.


É preciso nos libertar desse dualismo. As Escrituras fornecem um caminho para por fim a isso. Veja, por exemplo, o uso da palavra "doutrina". Três tipos de doutrina são apresentados:


1) de Deus – provém diretamente dos céus; é o bom conteúdo da fé (Mt 22.33; At 13.12);

2) de demônios – esse tipo deve ser evitado a todo custo, são ensinamentos que contradizem a verdadeira fé e conduzem a toda tipo de prática contrária à vontade de Deus (1 Tm 4.1);

3) de homens – é concebido por homens em prol de interesses próprios; reflete-se também em usos e costumes (Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22); não é nem divino nem diabólico; é humano, demasiadamente humano.


Seguindo esse raciocínio, podemos afirmar que há três modalidades de música:

1) divina – canta as coisas de Deus, reflete os padrões do reino dos céus, inspira o louvor e a adoração do Altíssimo;

2) demoníaca – é mundana, pois trabalha contra Deus e seus valores; que incita as obras da carne e todo tipo de prática antibíblica;

3) humana – não tem necessariamente nenhuma relação com as outras duas; aqui, a individualidade e o talento humanos são preservados, evitando dissolvê-los numa eterna luta entre o Bem e Mal; aqui, o ser humano fala de si mesmo, de suas inquietações, frustrações, desejo etc.


Para saber se uma música é realmente mundana, é preciso definir o que é mundanismo. Essa palavra vem "mundo". Nas Escrituras, a palavra "mundo" (do grego kósmostem diversas acepções, entre as quais destacamos:

1) o universo físico ordenado (Jo 17.5; Rm 1.20);

2) a humanidade (Jo 3.16);

3) sistema antideus, com suas atitudes corrompedoras, como aquelas alistadas por Paulo aos gálatas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas (Gl 5.19-21).


É na terceira acepção que encontramos o que vem a ser o "mundanismo" do qual os cristãos devem se afastar. Trata-se do kósmos que é caracterizado por atitudes que desonram a Deus, ao próximo e ao próprio indivíduo. O mundanismo é uma aversão a Deus e aos seus preceitos. Esse era o "mundo" ao qual Tiago se referiu: "Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, quem quiser ser amigo do mundo coloca-se na posição de inimigo de Deus" (Tg 4.4). Ele então enumera as seguintes atitudes mundanas: guerras (v. 1), lutas (v. 1), cobiçais (v. 2), soberba (v. 6), fofoca ou maledicência (v. 11) etc. Esses mesmos elementos foram alistados pelo apóstolo João (1Jo 2.15-17). É desse mundo, desse sistema antideus, que a Igreja deve se proteger. O mundanismo está mais presente em nosso meio do que julga nosso inútil autoconceito triunfalista e separatista.


Então, o que é música mundana? É toda e qualquer música que reflete o mundanismo. Sendo assim, nem toda música composta ou cantada por não-cristãos é mundana, mas somente as que transmitem mensagens que contrariam a vontade de Deus. Não dá para colocar no mesmo bojo o mestre Gonzaguinha com a sua belíssima música "O que é o que é" (Eu fico com a pureza da resposta das crianças/ É a vida, é bonita e é bonita/ Viver, e não ter a vergonha de ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser um eterno aprendiz/ Ah, meu Deus, eu sei, eu sei/ Que a vida devia ser bem melhor e será/ Mas isso não impede que eu repita/ É bonita, é bonita e é bonita) com a intragável "Na boquinha da garrafa", da Cia. do Pagode. Fala sério!


O dualismo é um empecilho para que se reconheça que o homem e mulher foram feitos à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1.26, 27). Isso significa que o ser humano é dotado de certas habilidades e talentos inerentes à sua condição de ser racional. Além de racional, também somos seres estéticos. Apreciar o belo nas produções artísticas é algo que nos foi concedido por Deus. A racionalidade confere ao ser humano autonomia para desenvolver dons e talentos naturais. Para alguém ser um bom músico, portanto, não precisa ser cristão, nem falar de coisas que digam respeito à fé cristã. A música de um não-cristão não deve ser tomada automaticamente por "mundana" ou "demoníaca". É simplesmente um produto do talento humano. Esse talento pode ser canalizado para a adoração a Deus (música sacra), aos interesses do reino das trevas (músicas que incitem à devassidão, que promovam a idolatria ou à religião falsa) ou mesmo para falar de coisas próprias ao gênero humano, como a vida, o amor etc. Por meio da música, pode-se expressar alegria, tristeza, gratidão, anseios, expectativas etc. É o coração se derramando nos acordes musicais. Isso não é mundanismo. É humano, demasiado humano. E, por que não dizer, divino?

Tome sua cruz




A conhecida frase “Tome sua cruz” faz parte de um conjunto de normas que Jesus ensinou aos seus seguidores. Lucas relata que Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (9.23, NVI).

Para ser um amigo, seguidor de Jesus, há pelo menos quatro exigências. Primeira, querer acompanhá-lo. Deus não nos força a andar nos passos do seu Filho. Basta desejar ser um amigo chegado de Jesus.

Segundo, negar a si mesmo. O “eu” que se entronizou no centro de comando da minha vida, desde que tomei consciência de que sou uma pessoa distinta das outras, tem de ser decisivamente destituído desse domínio. Devo negar o “eu” por meio de uma decisão definida e radical. Paulo podia dizer aos Gálatas, após essa negação definitiva de si mesmo: “Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim”. Não declara a impecabilidade do apóstolo, mas a entrega do comando sobre sua vida ao Senhor Jesus.
O terceiro passo requer a tomada diária da minha cruz. Incluem aqui aceitar de boa vontade todas as aflições e responsabilidades que em minha carne repudiaria. A cruz refere-se ao conjunto de circunstâncias que fazem parte da minha vida. Em si, não me agradam nem as escolheria, mas Deus soberanamente as impôs sobre mim. Posso aceitar esse peso ou procurar escapar dele.

E.B. Pusey escreveu muitas décadas atrás: “Falamos das cruzes da vida diária e esquecemos que nossa linguagem testemunha contra nós. É preciso muita mansidão. Devemos suportá-las nos passos abençoados do nosso santo Senhor, e não devemos apenas nos sujeitar em cada cruz e inquietação, mas pegá-las com alegria – não apenas com alegria, mas com júbilo, sim, se elas até merecem o nome de tribulação; alegre-se em tribulação também, pois vemos nelas as mãos de nosso Pai, a cruz de nosso Salvador” (Refrigério para a Alma, Shedd Publicações, 2005, p. 218).

Somos o aroma de Cristo que se espalha por toda a parte, segundo Paulo, uma vez que somos conduzidos nEle em triunfo sempre (2 Co 2.14). Essa fragrância somente pode ser o cheiro do sacrifício de Cristo que emanou da sua cruz. Cristo se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus (Ef 5.2). Quem vive muito próximo dEle também ganha o cheiro daquEle que se entregou voluntariamente por nós à vergonha e à agonia da cruz do Calvário.

A quarta exigência é seguir a Jesus, andar nos seus passos. Uma vez que a cruz, firme e constantemente, se torna parte de minha pessoa (Paulo declarou sua crucificação com Cristo no tempo perfeito, corretamente traduzida – “estou crucificado com Cristo”), não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim. O “estilo” de Jesus torna-se parte integral da pessoa do seu seguidor, Paulo. Este, por sua parte, não achou demais convidar seu filho na fé a imitá-lo, como ele imitava a Cristo.

Parece-me que a maioria das conversões dos nossos dias é do tipo light! Omitem os passos que Jesus colocou em sua lista. Em vez de negarem-se a si mesmos, hoje é mais comum afirmarem-se a si mesmos. Em lugar de tomarem a cruz, freqüentemente encontramos “crentes” que se afastam da cruz e tentam escapar das responsabilidades desagradáveis. Em vez de pisarem firmemente nos passos de Jesus, tomam um caminho tortuoso. Desviam-se do santo caminho que o Senhor trilhou.

O jugo de Jesus tem pouco peso para os que querem abandonar o esforço da vontade humana para ser uma “encarnação” de Cristo. Para os cansados e sobrecarregados que desejam seguir ao Mestre com paixão, que em definitivo se negam a si mesmos, tomando suas cruzes diariamente com gratidão e alegria, descobrirão que esse fardo é realmente leve. Suas almas descansam na comunhão com seu Senhor. Suas vidas refletem a luz celestial dos que vivem mais próximos do seu Senhor, como Moisés na presença de Deus no cume do Monte Sinai. O bom perfume de Cristo os acompanha aonde quer que andem.

Russel Shedd

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Reprimir o desejo sexual faz mal?



Recebi diversos comentários (alguns impublicáveis) ao post Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada argumentando que a abstinência sexual defendida por mim e outros que comentaram a matéria provoca nos jovens evangélicos traumas e neuroses. Ou seja, passar a adolescência e a mocidade sem ter relações sexuais faz com que os evangélicos fiquem traumatizados, perturbados mental e espiritualmente, reprimidos e recalcados.

Esse raciocínio tem sua origem mais recente nas idéias do famoso Sigmund Freud. Para ele, o sexo era o fator dominante na etiologia das neuroses e o desejo sexual era a motivação quase que exclusiva para o comportamento das pessoas. No início, Freud falava que o ser humano, até biologicamente (todos os seres vivos, no final), viveria sua existência na tensão entre dois princípios, ou instintos, primordiais: o princípio do prazer (instintivo e ligado ao id, às vezes relacionado como a libido) e o princípio da realidade (a limitação do prazer para tornar a vida possível, princípio ligado mais ao amadurecimento e, às vezes, ao superego). Mais tarde (na publicação de Além do Princípio do Prazer, 1920), ele passou a falar em outros dois princípios mais amplos, o princípio de vida e o princípio de morte, os quais ele denominou eros e tanatos, como os dois princípios que geram a tensão que move o ego. De qualquer modo, tanto o princípio do prazer quanto eros (princípio de vida) eram, para Freud, princípios instintivos, ligados à preservação da vida e da espécie, e sempre conectados ao apetite sexual (ver Os Instintos e Suas Vicissitudes, 1915).

Nem as crianças estariam livres desse apetite sexual instintivo – elas desejavam sexualmente seus pais. Freud apelou aqui para o complexo de Édipo, em que o filho deseja sexualmente a mãe e o complexo de Eletra, a inveja que a menina tem do pênis do menino. Naturalmente, quando esses desejos sexuais eram interrompidos, resistidos, negados, o resultado eram as neuroses, os traumas. As obras mais conhecidas onde ele sustenta seus argumentos são Sobre as Teorias Sexuais das Crianças (1908) e Uma criança é espancada - uma contribuição ao estudo da origem das perversões sexuais (1919), onde ele defende o surgimento das neuroses como resultado da repressão do desejo sexual.

Em que pese a importância de Freud, seu modelo e suas idéias têm sido largamente criticados e rejeitados por muitos estudiosos competentes. Todavia, algumas de suas idéias – como essa de que a repressão sexual é a causa de todas as neuroses e distúrbios – acabou se popularizando e é repetida por muitos que nunca realmente se preocuparam em examinar o assunto mais de perto.

Vou dizer por que considero esse argumento apenas como mais uma desculpa de libertinos que procuram se justificar diante de Deus, da igreja e de si mesmos pelo fato de terem relações sexuais antes e fora do casamento. Ou pelo menos, por defenderem essa idéia.

1. Esse argumento parte do princípio que os evangélicos conservadores são contra o sexo. Já desisti de tentar mostrar aos libertinos que essa idéia é uma representação falsa da visão cristã conservadora sobre o assunto. Nós não somos contra o sexo em si. Somos contra o sexo fora do casamento, pois entendemos que as relações sexuais devem ser desfrutadas somente por pessoas legitimamente casadas (ah, sim, cremos no casamento também). Foi o próprio Deus que nos criou sexuados. E ele criou o sexo não somente para a procriação, mas como meio de comunhão, comunicação e prazer entre marido e mulher. Há muitas passagens na Bíblia que se referem às relações sexuais entre marido e mulher como sendo fonte de prazer e alegria. O livro de Cantares trata abertamente desse ponto. Em Provérbios encontramos passagens como essa:

Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias (Pv 5.18-19).

Não, não acredito que o sexo é somente para a procriação. Não, não sou contra planejamento familiar e o uso de meios preventivos da gravidez, desde que não sejam abortivos. Sim, o sexo é uma bênção, desde que usado dentro dos limites colocados pelo Criador.

2. Esse argumento, no fundo, acaba colocando a culpa em Deus, na Bíblia e na Igreja de serem uma fábrica de neuróticos reprimidos. Sim, pois a Bíblia ensina claramente a abstinência, a pureza sexual e a virgindade para os que não são casados, conforme argumentei no post Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada. Se a abstinência sexual antes do casamento traz transtornos mentais e emocionais, deveríamos considerar esses ensinamentos da Bíblia como radicais, antiquados e inadequados. E, portanto, como meras idéias humanas de pessoas que viveram numa época pré-Freud – e como tais, devem ser rejeitadas e descartadas como palavra de homem e não Palavra de Deus. Ao fim, a contenção dos libertinos é mesmo contra a Bíblia e contra Deus.

3. Bom, para esse argumento ser verdadeiro, teríamos de verificá-lo estatisticamente, na prática. Pesquisa alguma vai mostrar que existe uma relação direta de causa e efeito entre abstinência antes do casamento e distúrbios mentais, neuroses e coisas afins. Da mesma forma que pesquisa alguma vai mostrar que os jovens que praticam sexo livre antes do casamento são equilibrados, sensatos, sábios e inteligentes. Pode ser que até se prove o contrário. Os tarados, estupradores e maníacos sexuais não serão encontrados no grupo dos virgens e abstinentes.Talvez fosse interessante mencionar nesse contexto o estudo conduzido na Universidade de Minessota por Ann Meir. De acordo com as pesquisas, o sexo estava associado a auto-estima baixa e depressão em garotas que iniciaram as relações sexuais (idade média de início 15-17 anos) sem relacionamento afetivo ou romântico.

4. A coisa toda é muito ridícula. Funciona mais ou menos assim. Os libertinos tendem a considerar todo distúrbio que encontram como resultado de repressão dos desejos sexuais. Mas eles fazem isso não porque têm estatísticas, experiências ou históricos que provam tal teoria – mas porque Freud explica. Em vez de considerarem que esses distúrbios podem ter outras causas, seguem sem questionar a tese de Freud que tudo é sexo, desde o menininho de um ano chupando dedo até o complexo de Édipo.

O próprio Freud, na fase mais amadurecida de sua carreira, se questiona na obra Além do Princípio do Prazer (1920):

A essência de nossa investigação até agora foi o traçado de uma distinção nítida entre os “instintos do ego” e os instintos sexuais, e a visão de que os primeiros exercem pressão no sentido da morte e os últimos no sentido de um prolongamento da vida. Contudo, essa conclusão está fadada a ser insatisfatória sob muitos aspectos, mesmo para nós.

5. Embora a decisão de preservar-se para o casamento vá provocar lutas e conflitos internos no coração e mente dos jovens evangélicos, esses conflitos nada mais são que a luta normal que todo cristão verdadeiro enfrenta para viver uma vida reta e santa diante de Deus, mortificando o pecado e se revestindo diariamente de Cristo (Romanos 3; Colossenses 3; Efésios 4—5). Fugir das paixões da mocidade foi o mandamento de Paulo ao jovem Timóteo (2Timóteo 2:22). Essa luta contra a nossa natureza carnal não provoca traumas, neuroses, recalques e distúrbios. Ao contrário, nos ensina paciência, perseverança, a amar a pureza, a apreciar as virtudes e o que significa tomar diariamente a cruz, como Jesus nos mandou (Lucas 9:23). Os que não querem tomar o caminho da cruz, entram pela porta larga e vivem para satisfazer seus desejos e instintos.

Por esses motivos acima e por outros que poderiam ser acrescentados considero esse argumento – de que a abstenção das relações sexuais antes do casamento provoca complexos, neuroses, recalques – como nada mais que uma desculpa para aqueles que querem viver na fornicação. Não existe realmente substância e fundamento para essa idéia, a não ser o desejo de justificar-se ou desculpar-se diante de uma consciência culpada, da opinião contrária de outros ou dos ensinamentos da Escritura.

Os interessados em estudar mais esse assunto poderão aproveitar bastante o livro recém-lançado Sexo Não é problema – Lascívia, Sim – de Joshua Harris, pela Editora Cultura Cristã.

[Agradeço aos colegas e amigos Dr. Davi Gomes (apologeta) e Dr. Pérsio Gomes de Deus (psiquiatra) que leram e corrigiram o manuscrito desse post. Além, é óbvio, de Mauro e Solano.

Autor: Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: O Tempora, O Mores

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Oh My God - Jars Of Clay

A canção do fundo musical do video do John Piper sobre a teologia da prosperidade.
Muito bom!!


Oh My God - Jars Of Clay

http://br.youtube.com/watch?v=888CnITzNGY

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Qual Jesus?



"Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11.1-4).

"Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo" (Marcos 8.29).

"Irmão, eu não estou interessado em qualquer conversa sobre doutrinas que nos dividam. A única coisa que me importa saber é se alguém ama a Jesus. Se ele me diz que ama a Jesus, não me interessa a qual igreja vai; eu o considero meu irmão em Cristo." Naquele momento, não me pareceu que fosse a hora e o lugar certo para argumentar com a pessoa que dizia isso. No entanto, eu me senti compelido a fazer uma pergunta para ela antes que a conversa se encerrasse: "Quando você fala com alguém que lhe diz amar a Jesus, você nunca lhe pergunta: ‘Qual Jesus?'"
Após um breve momento de reflexão, tal pessoa me respondeu que nunca faria tal pergunta. "Não seria simpático".

Sempre que visito alguns amigos de um outro estado, há um homem que me esforço em encontrar. Ele é a alegria em pessoa, um dos homens mais amigáveis que conheço. Mesmo sendo um muçulmano consagrado, ele se declara ecumênico, e orgulha-se do fato de compartilhar algumas das crenças tanto dos judeus como dos cristãos. Ocasionalmente ele freqüenta uma igreja com um de meus amigos e de fato aprecia a experiência e a comunhão. Certa vez em um restaurante, ele estava expondo o seu amor por Jesus para mim e nossos amigos cristãos, e encerrou a sua declaração com as seguintes palavras: "Se eu pudesse rasgar a minha carne de tal maneira que todos vocês entrassem em meu coração, vocês saberiam o quanto eu amo a Jesus." Os sentimentos que envolveram suas palavras foram impressionantes; na verdade, é incomum ouvir este tipo de declaração tão devotada, até mesmo em círculos cristãos.

Estamos falando da mesma pessoa?

Voltando agora para o meu dilema inicial. Eu estava admirando a expressão de amor de meu amigo quando um pensamento preocupante tomou conta de mim: Qual Jesus? Um breve conflito mental aconteceu. Pensei se eu devia ou não lhe fazer tal pergunta. Minhas palavras, no entanto, saíram antes que minha mente tomasse uma decisão. "Fale-me sobre o Jesus que você ama." Meu amigo muçulmano nem hesitou: "Ele é o mesmo Jesus que você ama." Antes de me tornar muito "doutrinário" com meu amigo, achei que deveria mostrar-lhe como era importante definirmos se estávamos realmente falando sobre o mesmo Jesus.

Eu usei o seu vizinho, que é um grande amigo nosso, como exemplo. Ele e eu realmente amamos esse cidadão. Depois de concordarmos sobre nossos sentimentos mútuos, eu comecei a dar uma descrição das características físicas de nosso amigo comum: "Ele tem um metro e setenta de altura, é totalmente careca, pesa mais ou menos uns 150 quilos e usa um brinco em sua orelha esquerda..." Na verdade, eu não pude ir muito longe, pois logo algumas objeções foram feitas. "Espere aí... ele tem quase dois metros, eu gostaria de ter todo o cabelo que ele tem, e ele é o homem mais magro que eu conheço!" Meu amigo acrescentou que certamente não estávamos falando sobre a mesma pessoa. "Mas isto realmente faz alguma diferença?", perguntei. Ele me olhou com incredulidade. "Mas é claro que faz! Eu não tenho um vizinho que se encaixa com a sua descrição. Talvez você esteja falando de uma outra pessoa, mas não de meu bom vizinho e amigo." Então destaquei o fato de que se nós verdadeiramente aceitássemos a descrição que eu acabara de dar, certamente não estávamos falando da mesma pessoa. Ele concordou.
A seguir continuei descrevendo o Jesus que eu conhecia. "Ele foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?"

"Não, Alá o levou para o céu logo antes da crucificação. Judas é quem morreu na cruz."

"O Jesus que eu conheço é o próprio Deus, que se tornou homem. O seu Jesus é assim?"
Ele negou com a cabeça e disse: "Não, Alá é o único Deus. Jesus foi um grande profeta, mas somente um homem." A discussão prosseguiu a respeito das muitas características que a Bíblia atribui a Jesus. Em quase todos os casos, meu amigo muçulmano tinha uma perspectiva diferente. Mesmo mantendo-se convencido de que ele tinha o ponto de vista correto sobre Jesus, o fato de que nossas convicções contraditórias não podiam ser reconciliadas pareceu reduzir o seu zelo em proclamar o seu amor por Jesus.

Discussão doutrinária é sectarismo?

Alguns enxergam este meu questionamento como algo não amoroso – como uma prova do sectarismo que a discussão doutrinária produz. Eu o vejo como uma tentativa de clarear o caminho para que meu amigo tenha um relacionamento genuíno com o único Salvador verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo – não com alguém que ele ou outros homens, intencionalmente ou não, têm imaginado ou inventado.

Doutrinas, simplesmente, são ensinamentos. Elas podem ser verdadeiras ou falsas. Uma doutrina verdadeira não pode ser divisiva de maneira prejudicial; esta característica se aplica somente a ensinos falsos. "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles" (Rm 16.17; veja também Rm 2.8-9). Jesus, que é a Verdade, só pode ser conhecido em verdade e somente por aqueles que buscam a verdade (Jo 14.6; 18.37; 2 Ts 2.13; Dt 4.29). O próprio Cristo causou divisão (Mt 10.35; Jo 7.35; 9.16; 10.19), divisão entre a verdade e o erro (Lc 12.51).

"Qual Jesus?" é uma pergunta importantíssima para todo crente em Cristo. Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus (2 Co 13.5; 1 Ts 5.21). Incompreensões sobre o Senhor inevitavelmente se tornam obstáculos em nosso relacionamento com Ele. A avaliação também pode ser vital com respeito à nossa comunhão com aqueles que se dizem cristãos. Recentemente, durante uma rápida viagem aérea, um dos meus amigos, preocupado o suficiente, fez algumas perguntas cruciais à pessoa próxima a ele sobre o relacionamento dela com Jesus. Mesmo tendo confessado ser um cristão, participando há quatro anos de uma comunidade cristã, essa pessoa na verdade não conhecia a Jesus nem entendia o evangelho da Salvação. Meu amigo o levou ao Senhor antes que o avião aterrizasse.

A "unidade cristã"

Com muita freqüência, frases parecidas com "nós teremos comunhão com qualquer um que confessar o nome de Cristo", estão sensivelmente impregnadas de camuflagens ecumênicas. O medo de destruir a unidade domina os que levam a sério este tipo de propaganda antibíblica, até mesmo ao ponto de desencorajar qualquer menor interesse em lutar pela fé. Surpreendentemente, "a unidade cristã" agora inclui a colaboração para o bem moral da sociedade com qualquer seita "que confessa o nome de Jesus."

"Jesus", o irmão de Lúcifer

Os ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais).

"Jesus", uma idéia espiritual

O Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã.

"Jesus", o arcanjo Miguel

As Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna.

"Jesus", ainda preso numa cruz

Os católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.

O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus".

"Jesus", o bilionário

Até mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.

O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadas

Além da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.
O Jesus de Tony Campolo habita em todas as pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?

Conclusão

A comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.

Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e maravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras: "...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23). Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas. (TBC 2/95 – traduzido por Ebenezer Bittencourt)

Fonte: Chamada da Meia Noite