
Precisamos desesperadamente, sobretudo, de pregadores piedosos
Uma das áreas mais importantes da pregação é a vida do pregador. John Stott afirma que a prática da pregação jamais pode ser divorciada da pessoa do pregador. A pregação com consistente exegese, sólida teologia e brilhante apresentação não glorificará a Deus, não alcançará os perdidos nem edificará os crentes sem um homem santo no púlpito. O que nós precisamos desesperadamente nestes dias não é apenas pregadores eruditos, mas sobretudo, pregadores piedosos. Errol Hulse define pregação como sagrada eloqüência através de um embaixador cuja vida deve ser consistente em todos os aspectos com a mensagem que ele proclama. A vida do pregador fala mais alto que os seus sermões. “A ação fala mais alto que as palavras. Exemplos influenciam mais que preceitos”. E. M. Bounds descreve esta realidade da seguinte maneira:
Volumes têm sido escritos ensinando detalhadamente a mecânica da preparação do sermão. Temos nos tornado obcecados com a idéia de que estes andaimes são o próprio edifício. O pregador jovem tem sido ensinado a gastar toda a sua força na forma, estilo e beleza do sermão como um produto mecânico e intelectual. Como conseqüência, temos cultivado esse equivocado conceito entre o povo e levantado um clamor por talento em vez de graça. Temos enfatizado eloqüência em vez de piedade, retórica em vez de revelação, fama e desempenho em vez de santidade. O resultado é que temos perdido a verdadeira idéia do que seja pregação. Temos perdido a pregação poderosa e a pungente convicção de pecado... Com isto não estamos dizendo que os pregadores estão estudando muito. Alguns deles não estudam. Outros não estudam o suficiente. Muitos não estudam ao ponto de se apresentarem como obreiros aprovados que não tem de que se envergonhar (II Timóteo 2.15). Mas nossa grande falta não é em relação à cultura da cabeça, mas à cultura do coração. Não é falta de conhecimento, mas falta de santidade... Não que conheçamos muito, mas é que não meditamos o suficiente sobre Deus e sua Palavra. Nós não temos vigiado, jejuado e orado o suficiente.
A vida do ministro é a vida do seu ministério. “A pregação poderosa está enraizada no solo da vida do pregador”. Uma vida ungida produz um ministério ungido. Santidade é o fundamento de um ministério poderoso. Piedade é uma vital necessidade na vida de todo pregador. Errol Hulse define piedade:
Piedade é uma constante cultura da vida interior de santidade diante de Deus e para Deus, que por sua vez se aplica em todas as outras esferas da vida pratica. Piedade consiste de oração junto ao trono de Deus, estudo de sua Palavra em sua presença e a manutenção da vida de Deus em nossas almas, que afeta toda a nossa maneira de viver.
R. L. Dabney diz que a primeira qualificação de um orador sacro é uma sincera e profunda piedade. Um ministro do evangelho sem piedade é um desastre. Infelizmente, a santidade que muitos pregadores proclamam é cancelada pela impiedade de suas vidas. Há um divórcio entre o que os pregadores proclamam e o que eles vivem. Há um abismo entre o sermão e a vida, entre a fé e as obras. Muitos pregadores não vivem o que pregam. Eles condenam o pecado no púlpito e o praticam em secreto. Charles Spurgeon chega a afirmar que “o mais maligno servo de satanás é o ministro infiel do evangelho”.
John Shaw diz que enquanto a vida do ministro é a vida do seu ministério, os pecados do ministro são os mestres do pecado. Ele ainda afirma que é uma falta indesculpável no pregador quando os crimes e pecados que ele condena nos outros, são justamente praticados por ele. O apóstolo Paulo evidencia esse grande perigo:
“Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa”. Rm 2.21-24
Richard Baxter diz que os pecados do pregador são mais graves do que os pecados dos demais homens, porque ele peca contra o conhecimento. Ele peca contra mais luz. Os pecados do pregador são mais hipócritas, porque ele tem falado diariamente contra eles. Mas também os pecados do pregador são mais pérfidos, porque ele tem se engajado contra eles. Antes de pregar aos outros, o pregador precisa pregar a si mesmo. Antes de atender sobre o rebanho de Deus, o pregador precisa cuidar de sua própria vida (Atos 20.28). Conforme escreve Thielicke, “seria completamente monstruoso para um homem ser o mais alto em ofício e o mais baixo em vida espiritual; o primeiro em posição e o último em vida”.
É bem conhecido o que disse Stanley Jones, que “o maior inimigo do cristianismo não é o anticristianismo, mas o ‘subcristianismo’”. O maior perigo não vem de fora, mas de dentro. Não há maior tragédia para a igreja do que um pregador ímpio e impuro no púlpito. Um ministro mundano representa um perigo maior para a igreja do que falsos profetas e falsas filosofias. É um terrível escândalo pregar a verdade e viver uma mentira, chamar o povo à santidade e viver uma vida impura. Um pregador sem piedade é uma contradição, um inaceitável escândalo. Um pregador sem piedade presta um grande desserviço ao Reino de Deus. William Evans adverte:
O pregador precisa ser puro em todos os hábitos de sua vida. Pequenas raposas destroem a vinha. Ele não pode ter hábitos impuros nem vícios secretos. Deus abertamente exporá a vergonha pública aqueles que cometem seus pecados em secreto. A vida de Davi é uma ilustração dessa verdade (II Samuel 12.12). A exortação de Paulo a Timóteo é pertinente: fuja das paixões da mocidade. O pregador será privado do poder no púlpito se não for limpo em sua vida privada. Não poderá pregar ao seu povo com poder se sabe que sua vida é impura. A confiança do povo repreenderá a sua hipocrisia. Se um pregador não purificar a si mesmo não será um vaso de honra nem poderá ser usado pelo divino Mestre para toda a boa obra.
Segundo Charles Spurgeon “é uma coisa horrível ser um ministro inconsistente”. O apóstolo João adverte:”Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou”(I Jo 2.6). O apóstolo Paulo dá o seu testemunho: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Pedro e João disseram ao paralítico que estava mendigando à porta do templo: “Olha para nós.” (At 3.4). Gideão disse aos seus soldados: “Olhai para mim e fazei como eu fizer”. (Jz 7.17). O pregador deve ser um modelo para todos os crentes (I Tm 4.16). Quando os pregadores não são coerentes, a sua pregação torna-se vazia, pobre e infrutífera. Eloqüência sem piedade não pode gerar verdadeiros crentes. Ortodoxia sem piedade produz morte e não vida.
Em I Timóteo 6.11-14, Paulo lista quatro marcas de um homem de Deus. Um homem de Deus deve ser identificado por aquilo que foge, por aquilo que segue, por aquilo pelo qual luta e por aquilo ao qual é fiel. A Bíblia não é um livro silencioso a respeito da necessidade imperativa do caráter integro e da profunda piedade do pregador. O apóstolo Paulo adverte seu filho Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” (I Tm 4.16). Em suas cartas a Timóteo (I Tm 3.1-7) e a Tito (Tt 1.5-9), Paulo oferece um check-up para o pregador; na primeira carta aos Tessalonicenses (2.1-12), aprofunda o tema sobre a vida do pregador. Nesse texto, Paulo apresenta três solenes princípios. Primeiro, o pregador precisa de uma missão concedida pelo próprio Deus (v.12). Segundo, o pregador precisa de uma genuína motivação (v. 3-6). Terceiro, o pregador precisa de maneiras gentis. O apóstolo Paulo dá o seu próprio exemplo. Ele era como uma mãe para o seu povo (v.7-8), era como um trabalhador (v.9-10) e comparou-se a um pai (v.11-12).
Muitas das derrotas que os pregadores têm sofrido é porque não tem fome de santidade. Infelizmente, muitos pregadores estão vivendo como atores. Representam diante do povo o que não vivem em seus lares ou em suas vidas privadas. Usam máscara, vivem uma mentira, pregam sem poder e levam a congregação a dormir ou se entediar com sermões vazios e secos. Muitos pregadores pretendem ser no púlpito o que não são na realidade. Piedade no púlpito precisa ser acompanhado de piedade no lar. É impossível ser um pregador eficaz e ao mesmo tempo um mau marido ou pai. Nem ser boca de Deus e carregar ao mesmo tempo um coração ensopado e entupido de impureza (Jr 15.19). Não é possível lidar de forma elevada e santa com as coisas espirituais e lidar de forma má e impura com as coisas terrenas. A. N. Martin afirma: “Muitos ministérios de alguns preciosos servos de Deus estão fracassando pelo insucesso da prática de piedade no reino da vida doméstica”.
Piedade é um estilo de vida. Isto inclui vida doméstica, relacionamento do marido com a esposa e do pai com os filhos. O apóstolo Paulo exorta, “Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (I Tm 3.5). Assim, um ministro sem piedade não tem autoridade para pregar o santo evangelho. Não atrai pessoas para a igreja, antes as repele. Ele não constrói pontes para aproximar-se das pessoas; cava abismos para separá-las do Senhor. Charles Spurgeon afirma que “A vida do pregador deveria ser como um instrumento magnético a atrair as pessoas para Cristo; mas é triste constatar que muitos pregadores afastam as pessoas de Cristo”. Ministros sem piedade têm sido o principal impedimento para o saudável crescimento da igreja. É bem conhecido o que Dwight Moody disse: “O principal problema da obra são os obreiros”. Semelhantemente, David Eby escreve: “Os pregadores são o rela problema da pregação”.
No Brasil e ao redor do mundo muitos pregadores têm caído em terríveis pecados morais, provocando escândalos e produzindo grande sofrimento ao povo de Deus. Catástrofes espirituais que vão de pastores adúlteros a divórcio na família pastoral têm se tornado inaceitavelmente muito freqüente. Charles Colson comenta:
“O índice de divórcio entre os pastores está aumentando mais rápido do que entre outras profissões. Os números mostram que um em cada dez tem tido envolvimento sexual com um membro de sua congregação e vinte e cinco por cento têm tido contato sexual ilícito”.
A única maneira de viver uma vida pura é guardar puro o coração através da meditação da Palavra (Sl 119.9). Salomão exorta: “Sobre tudo o que deves guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4,23). Jó disse que fez uma aliança com os seus próprios olhos, de não fixa-los com lascívia em uma donzela (Jó 31.1). Aquele que guarda o seu coração bem como os seus olhos estará seguro. Adultério tem sido a principal causa da queda de muitos ministros hoje. Todos os pregadores devem estar alerta.
Há, contudo, muitos pregadores que vivem uma vida mundana e mesmo assim, recebem muitas pessoas em suas igrejas. Para alcançar seus objetivos, esses pregadores se rendem a filosofia pragmática. Para eles, o importante não é mais a verdade, mas o que funciona; não o que é certo, mas o que dá certo. Assim, muitos têm mudado a mensagem e pregado um outro evangelho (Gl 1.6-8). Mas, o sucesso desses pregadores aos olhos dos homens não representa necessariamente sucesso aos olhos de Deus. O crescimento numérico não é o único critério pelo qual devemos analisar um verdadeiro ministro e uma bem sucedida e fiel igreja. Deus não julga a aparência, mas as motivações e intenções do coração. Ele requer que os seus despenseiros sejam encontrados fiéis (I Co 4.1-2).
Mudar a mensagem e pregar o que o povo quer ouvir e não o que precisa ouvir; mercadejar a Palavra de Deus para atrair pessoas à igreja é um caminho errado para conduzir a igreja ao crescimento. Alistair Begg citando Dick Lucas, escreve: “Os bancos não podem controlar o púlpito”. O pregador não pode ser seduzido pelas leis do mercado. Ele não prega para agradar os ouvintes, mas para levá-los ao arrependimento. As pessoas precisam sair do templo não alegres com o pregador, mas tristes consigo mesmas. O pregador não é um animador de auditório, é um arauto de Deus. Sua agenda de pregação não é determinada pelos grandes temas discutidos pela humanidade, mas pelas próprias Escrituras. O pregador não sobe ao púlpito para entreter ou agradar seus ouvintes, mas para anunciar-lhes todo o desígnio de Deus. Sem uma pregação fiel não há santidade. Sem santidade não há salvação. Sem santidade ninguém verá a deus. A Palavra de Deus não pode ser mudada, atenuada ou torcida para agradar os ouvintes. Ela é imutável. O pregador precisa pregar a Palavra integralmente, completamente e fielmente. Ortodoxia é a base da santidade. Teologia é a mãe da ética. Piedade deve ser fundamentada na verdade. Piedade sem ortodoxia é misticismo, e misticismo deve ser rejeitado.
John Piper comentando sobre a vida e o ministério de Jonathan Edwards, diz que a experiência deve estar fundamentada na verdade. “Calor e luz, fogo e brilho são essenciais para trazer luz à mente porque afeições que não brotam da apreensão da verdade pela mente não são afeições santas”.
Há muitas igrejas cheias de pessoas vazias e vazias de pessoas cheias de Deus, porque os pastores estão produzindo discípulos que se conformam com a sua própria imagem e semelhança. Por isso, estamos vendo o crescimento vertiginoso da igreja evangélica brasileira, mas não estamos vendo transformação da sociedade. Se o pregador não é um homem de Deus, se vive uma vida misturada com o mundo, se é um pregador sem piedade, será uma pedra de tropeço e não um exemplo para sua igreja. Hipocrisia sempre repele. Um pregador impuro não permanece por muito tempo no ministério sem ser desmascarado. Um pregador jamais será uma pessoa neutra. Ele é uma benção ou uma maldição!
A falta de piedade é uma coisa terrível, especialmente na vida dos ministros do evangelho. Mas outro perigo insidioso é ortodoxia sem piedade. Há muitos pastores pregando sermões bíblicos, doutrinas ortodoxas, mas seus sermões estão secos e sem vida. E. M. Bounds diz que a pregação que mata pode ser, e geralmente é, dogmaticamente e inviolavelmente ortodoxa. A ortodoxia é boa. Ela é melhor. Mas, nada é tão morto quanto a ortodoxia morta.
Geralmente os pregadores fecham-se em seus escritórios de estudo e tornam-se peritos fazedores de sermões. Isto é bom e necessário, mas preparação intelectual sem piedade dá ao pregador uma boa performance, mas não poder espiritual. Pregação sem santidade não pode transformar vidas; não pode produzir o crescimento da igreja. “Sem oração, o pregador cria morte e não vida”.
Richard Baxter escreve: Não se contente em apenas estar em estado de graça, mas também seja cuidadoso para que esta graça seja guardada em vigoroso e vivo exercício em sua vida. Pregue para você mesmo o sermão que você estuda, antes de pregá-lo para os outros. Faça isso por amor a você e por amor à igreja. Quando sua mente estiver embebida com as coisas santas e celestiais, seu povo usufruirá desses frutos. Suas orações, louvores e doutrina serão doces e celestiais para eles. Seu povo irá saber quando você gastou muito tempo com Deus. Então, aquilo que deleitou seu coração também deleitará os seus ouvidos.
Infelizmente, muitos ministros têm somente a aparência de piedade. Professam uma fé ortodoxa, mas vivem uma pobre vida espiritual. Não têm vida devocional. Não têm vida de oração. Apenas fazem orações rituais e profissionais. Contudo, orações profissionais ajudam apenas a pregação a realizar o seu trabalho de morte. Orações profissionais, diz E.M. Bounds, “insensibilizam e matam tanto tanto a pregação quanto a própria oração”. É triste dizer que muito poucos ministros têm qualquer hábito devocional sistemático e pessoal. O pastor é diante das pessoas o que ele é de joelhos, em secreto, diante do Deus Todo-poderoso, e nada mais.
Piedade também não é uma matéria de imitação. Cada pregador deve cultivar seu próprio relacionamento com o Senhor. O pregador não deve copiar outros pregadores. Cada um deve desenvolver a sua própria relação de intimidade com Deus e seu próprio estilo de pregação. Willian Evans corretamente comenta:
Se o seu nome é Davi e você foi chamado para matar o seu Golias, então não cobice a armadura de Saul, mas pegue a sua própria funda com as pedras e pela ajuda de Deus o altivo gigante cairá e beijará o pó. O pregador deve ser ele mesmo. Deve apresentar o melhor de si mesmo. Deve consagrar o melhor de si mesmo. Fazendo assim, demonstrará sua sinceridade, honrará o seu Deus, e se tornará um instrumento de bênção para o povo sobre quem ministra.
Certamente piedade é uma conseqüência de uma vida devocional. Errol Hulse comentando sobre a vida de Lutero diz que sua piedade pode ser comparada a um fogo, um fogo de devoção diante de Deus. Hulse declara que a piedade de João Calvino e seu relacionamento pessoal como Senhor Jesus Cristo, foi sua linha de defesa contra as pressões do seu ministério. A pregação que fracassa hoje, fracassa porque não está enraizada em uma vida devocional profunda por parte dos pregadores. O pregador deveria ir geralmente da presença de Deus para a presença dos homens. Semelhantemente, E. M. Bound diz que, “uma vida santa não é vivida em secreto”. Antes de levantar-se diante dos homens o pregador deve viver na presença de Deus. Antes de alimentar o povo de Deus, o pregador deve alimentar o seu próprio coração. Antes de pregar ao povo de Deus, o pregador deve aplicar a Palavra á sua própria vida. A parte mais importante do sermão é o homem atrás dele. E.M. Bounds escreve:
O homem; todo homem está atrás do sermão. Pregação não é a performance de uma hora. Pelo contrário, é o produto de uma vida. Leva-se vinte anos para fazer um sermão, porque gasta-se vinte anos para fazer um homem. O verdadeiro sermão é algo vivo. O sermão cresce porque o homem cresce. O sermão é vigoroso porque o homem é vigoroso. O sermão é santo porque o homem é santo. O sermão é cheio da unção divina porque o homem é cheio da unção divina.
Spurgeon declara que nós somos em certo sentido as nossas próprias ferramentas, e portanto, devemos guardar-nos em ordem. Nosso próprio espírito, alma, corpo e vida interior são as nossas mais íntimas ferramentas para o serviço sagrado. A chave para uma robusta pregação poderosa é uma robusta piedade pessoal. A pregação poderosa não acontece num vácuo. Ela sempre tem lugar na vida de uma pessoa piedosa e santa. Spurgeon cita John Owen: “Ninguém prega seu sermão bem para os outros, se não prega primeiro para o seu próprio coração”. Não lute para ser um tipo de pregador. Lute para ser um tipo de pessoa”.
Martyn Lloid Jones comenta sobre Robert Murray McCheyne, um pregador da Escócia no século XIX:
É o comentário geral que quando aparecia no púlpito, mesmo antes de dizer uma única palavra, o povo já começava a chorar silenciosamente. Por que? Por causa deste elemento de seriedade. Todos tinham a absoluta convicção de que ele subia no púlpito vindo da presença de Deus e trazendo uma palavra da parte de Deus para eles.
O próprio Robert Murray McCheyne resume este tópico nestas palavras: “Não é a grandes talentos que Deus abençoa de forma especial, mas a grande semelhança com Jesus. Um ministro santo é uma poderosa e tremenda arma nas mãos de Deus”.
Hernandes Dias Lopes - ministro e servo do Evangelho.